Simbolismo é um movimento literário originado na França por volta de 1881 e que vale-se dos símbolos para apontar ideias e fatos. Vários poetas, pintores e escritores foram influenciados pelo intercâmbio com as artes, pensamento e religiões orientais.
Como um sistema de símbolos apresentava características místicas e individualistas. Etimologicamente, o termo deriva de “símbolo” que, por sua vez, vem da palavra latina symbolum que é o mesmo que “símbolo de fé”. Trata-se de um objeto que recebeu um corte pela metade e constitui-se assim um sinal de reconhecimento.
O movimento simbolista se opõe ao realismo e ao natural. É movido pelos ideais românticos e estende suas raízes à literatura, ao teatro e as artes plásticas. Na escola literária, as origens do simbolismo estão na obra “As flores do mal” do poeta Charles Baudelaire (1821 – 1867).
Algumas das características básicas do simbolismo são a subjetividade, a racionalidade e a análise profunda da mensagem.
Simbolismo no Brasil
As primeiras manifestações de caráter simbolista no Brasil foram registradas no final da década de 1780 até o século XIX. Mas o movimento surgiu de fato no país a partir de 1863 com a publicação de” Missal” e “Broqueis” que foram escritas por Cruz e Souza (1861 – 1898). Ele é considerado o maior autor simbolista brasileiro ao lado de Alphonsus de Guimarães (1870 – 1921).
As principais características da linguagem simbolista nas obras brasileiras são:
- Linguagem fluída e vaga que preza pela sugestão
- O cultivo das formas fixas para o poema, em especial o soneto
- Religiosidade
- Pessimismo
- A dor de existir
- A retomada dos elementos do Romantismo
- Abundância de figuras sonoras
- Interesse pelas mais profundas zonas da mente humana e a loucura.
Simbolismo em Portugal
O Simbolismo em Portugal foi um movimento artístico registrado no ano de 1890 com a publicação de “Oaristos” de Eugenio de Castro (1869 – 1944). É reconhecido como o início oficial do movimento português que durou até o ano de 1915, quando assim surge a geração Orfeu que desencadeou a Revolução Modernista em Portugal.
Com aspectos baseados nas conquistas da nova estética, o movimento simbolista português era conhecido como nefelibatismo (que era uma espécie de adaptação portuguesa do decadentismo e do simbolismo francês), e por isso os seus representantes eram reconhecidos como os nefelibatas (que nada mais eram como pessoas que andam com a cabeça nas nuvens).
Os poetas vivenciaram um momento múltiplo de intensa agitação artística, cultural, política e social devido ao episódio do “Ultimato Inglês” que acelerou as manifestações nacionalistas que acabaram culminando na Proclamação da República no ano de 1910.
Os principais autores do simbolismo português são: Eugênio de Castro, Camilo Peçanha (1867 – 1926), Antônio Nobre (1867 – 1900) e Augusto Gil (1873 – 1929).
Os principais temas abordados na arte simbólica são fruto de imaginação e de pressupostos. Deste modo, no campo artístico, o simbolismo foi seguido pelo Surrealismo.
As origens do Simbolismo partem do princípio de que o mundo envolve os nossos sentidos, mas eles não captam a realidade suprema.
Veja também o significado de Surrealismo.