Ambiguidade é uma palavra que chega até o português a partir da palavra latina ambiguitate. A ambiguidade é o estado ou a qualidade do que é ambíguo, ou seja, do que pode ter mais de um significado ou sentido.
No dicionário encontram-se outros significados de ambiguidade, como, por exemplo, dúvida, hesitação, indecisão, incerteza, indeterminação, irresolução ou imprecisão.
A ambiguidade ocorre quando há mais de um significado para a mesma palavra, como, por exemplo, no caso de “vela”. A palavra vela pode estar se referindo á vela de cera, que queima e ilumina, à vela de uma embarcação, estendida em um mastro ou mesmo ao verbo velar, conjugado na terceira pessoa singular do presente do indicativo: ele vela pela saúde da amada.
Outro exemplo de palavra ambígua ocorre com a palavra banco, que pode significar a instituição financeira, um móvel no qual se senta, um depósito de areia em um rio ou ao longo da costa ou, ainda, o verbo bancar, conjugado na primeira pessoa do singular do presente do indicativo: eu banco o jantar de hoje.
Não são só as palavras que podem ser ambíguas, algumas frases também podem conter ambiguidade. É importante atentar para que a ambiguidade não exista na comunicação diária, mas, em situações de literatura, muitas vezes a ambiguidade é desejada. Seu uso é bastante comum em piadas, para criar a situação cômica. Na frase: “o cachorro do meu vizinho sumiu” há uma ambiguidade: não se sabe se o cachorro que pertence ao vizinho sumiu ou se o vizinho, que é um cachorro, sumiu.
A ambiguidade também pode ser proposital em músicas: “a perereca da vizinha tá presa na gaiola”. Neste caso, a ambiguidade leva a música para um meio termo entre o divertido, infantil e o sexual.
É sempre importante analisar textos que podem ter a possibilidade de serem ambíguos, pois, enquanto algumas vezes a ambiguidade acaba sendo inocente e cômica, em outros, ela pode ser mais pesada e até mesmo ofensiva.
Na literatura, a ambiguidade é utilizada pelos escritores como parte da licença poética.