Tulipa Negra é o nome de uma flor de coloração escura que também é conhecida como “Rainha da Noite” e são consideradas flores raras. É uma planta da família das liláceas, possui uma flor solitária e é formada por seis pétalas.
A sua haste, reta, pode chegar a medir 60 cm de altura. Embora se fale muito em tulipa negra, existem outras variações de cores da espécie, ainda que muitas tenham a sua tonalidade como resultado de cruzamentos realizados com tulipas diferentes.
A origem da tulipa reporta-se a região árabe, cujo nome “tulipan” ou “tulbant” remete ao famoso turbante utilizado pelos seus povos. Por volta de 1600, a tulipa surgiu na Europa e ganhou grande notoriedade, já que é uma planta que se adapta facilmente a lugares frios.
Por outro lado, a sua papoula fornece as substâncias necessárias para a fabricação do ópio que é uma espécie de droga e, por isso, é comum encontrar, em vários lugares, a menção a papoula da flor como “a tulipa do ópio”.
A tulipa negra é ainda uma personagem de uma triste lenda. Conta-se que existiu uma jovem persa que se apaixonou por um jovem de sua região, mas o seu amor não era correspondido. Após o seu amor ser rejeitado, ela resolveu fugir para o deserto e, à medida que caminhava as suas lágrimas caiam no solo.
Assim que chegavam ao chão, surgiam os bulbos que formam a tulipa negra como resultado daquele amor que a jovem sentia.
A Tulipa Negra (romance)
A obra francesa (“La Tulipe Noire“) é de autoria do escritor Alexandre Dumas (pai). Na estória, o botânico Cornélio Van Baerle participa de uma importante competição realizada na cidade de Haarlem, localizada nos Países Baixos, que premiará com 100.000 moedas de ouro quem produzir uma tulipa negra.
Cornélio quase consegue, mas é impedido e jogado em uma prisão. Mas, neste lugar conhecerá a bela filha do guardião, chamada Rosa que será de inicio, sua confidente e conselheira e, com o passar do tempo, se apaixonará por ela.
Esta obra é datada de 1672. Em 1850 recebeu três volumes “La Tulipe noire”e, depois recebeu diversas traduções para outros idiomas. Curiosamente, A Tulipa Negra livro de Dumas é bastante semelhante a sua outra importante obra: Conde de Monte Cristo.
Em ambas as obras, se percebe um “pano de fundo” da estória comum: um homem aprisionado injustamente, a sua relação com os inimigos, e a paixão por uma bela mulher.