Livre arbítrio é classificado como um substantivo masculino. A palavra livre vem do Latim liber, que significa “livre” e o termo arbítrio vem do Latim arbiter, que é “pessoa que vai a algum lugar (como testemunha ou juiz) – no século XVI, o significado tornou-se “pessoa escolhida pelas partes para decidir sobre uma questão”.
O que é Livre arbítrio:
O significado de Livre arbítrio está relacionado com a oportunidade ou possibilidade de que cada indivíduo possui de escolher suas ações, isto é, de tomar decisões por vontade própria, que pode usar seu próprio discernimento.
Livre arbítrio explica que todo indivíduo tem direito de fazer o que quiser com sua vida, de modo que ele escolha qual caminho ele deseja seguir, claramente garantindo que essas escolhas não prejudiquem outrem.
É, portanto, a faculdade de decidir de acordo com a própria vontade, não se pautando em um motivo, causa ou razão estabelecida. O livre arbítrio significa ter liberdade, o que pode fazer com que muitas pessoas acreditem que esta expressão aborde quesitos como desrespeito e a falta de educação.
Por exemplo: “Eu tenho o livre arbítrio de escolher se desejo sair de casa ou não hoje à noite.”
É um homem maduro o indivíduo responsável pelos acertos e erros que comete, afinal a responsabilidade das decisões de seu destino é dele. O livre arbítrio está relacionado com a inteligência.
Na Filosofia, o livre arbítrio se classifica como a capacidade de escolher entre várias possibilidades, agindo de certa maneira pois assim quer e sente-se responsável pelo ato praticado. Isto é o oposto ao determinismo (a defesa de que os acontecimentos são ocasionados pelos fatos que aconteceram anteriormente e que são determinados pelas leis da natureza ou por outras causas, não sendo o ato, nesse caso, responsabilidade do homem).
A expressão livre arbítrio é comumente vista nas religiões, tais como o Cristianismo, Budismo e o Espiritismo e tantas outras. Nesse sentido religioso, livre arbítrio também possui conceitos psicológicos, morais e científicos.
Livre Arbítrio na Bíblia
O termo livre arbítrio não está expresso na Bíblia Sagrada, contudo pode-se notar que Deus fornece ao homem o poder de escolha e também a capacidade de ser responsável por cada um de seus atos.
De acordo com a Bíblia, a vontade de Deus é que os indivíduos sigam seus mandamentos e realizem coisas boas, também estando propenso a prestar contas pelos seus atos.
Um exemplo de livre arbítrio na Bíblia está presente logo no segundo capítulo, no livro de Gênesis, quando Deus diz a Adão que ele tinha a escolha de não comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Entretanto, Adão tomou a escolha de desobedecer a ordem dada por Deus a ele e a Eva.
Outro exemplo que indiretamente aborda o livre arbítrio está em Provérbios 16:9:
“Em seu coração
O homem planeja o seu caminho,
Mas o Senhor determina
Os seus passos.”
Na Bíblia, ainda existe a abordagem da predestinação – o conceito de que Deus escolhe algumas pessoas, mesmo antes de nascerem, a seguirem o mesmo caminho que Ele. Essa ideia pode ser um conflito direto com o livre arbítrio, afinal como a pessoa pode ter vontade própria se ela já foi predestinada a alguma coisa? Segundo a Bíblia, Deus sabe, previamente, o que a pessoa vai escolher, não interferindo de modo algum em suas escolhas, deixando-a livre.
Livre Arbítrio e Santo Agostinho
Livre Arbítrio é o nome de um livro escrito por Santo Agostinho, datado de 395.
A obra apresenta estudos de Santo Agostinho sobre graves problemas, em especial a respeito da origem e causa do pecado, bem como a responsabilidade do homem por suas atitudes livres. O assunto principal do livro é a liberdade do ser humano e a procedência do mal moral. De acordo com Santo Agostinho, a fonte do pecado provém do abuso da liberdade, sendo, contudo, o livre arbítrio um enorme dom de Deus.
Livre Arbítrio no Espiritismo
Para o Espiritismo, o homem tem o livre arbítrio em suas ações, pois possui a autonomia de pensar, e, por consequência, tem a liberdade de agir. O livre arbítrio, de acordo com a visão espírita, acompanha o desenvolvimento de suas faculdades.
Desse modo, entende-se que nas primeiras fases de vida, este livre arbítrio é quase nulo, sendo frequentemente mudado conforme cada indivíduo cresce, alterando juntamente com suas necessidades.
Além disso, caso o homem tenha uma perda do domínio do seu pensamento, isto é, uma alteração das suas faculdades, ele perde sua liberdade (seu livre arbítrio). Para os espíritas, isso é uma punição para o Espírito, que em uma existência, pode ter feito mau uso de suas faculdades, por ter sido orgulhoso e vão.