Joint Venture é uma expressão em inglês que, traduzida literalmente, significa “articulação com riscos”, sendo aplicada de forma rotineira no mundo dos negócios.
O que é Joint Venture?
Joint Venture é aplicada para designar a união de duas ou mais empresas existentes, buscando um mesmo objetivo, podendo ser o início de uma atividade econômica em comum, por um período determinado de tempo, tendo em vistas agregar forças para conseguir maior lucratividade.
A união das empresas numa Joint Venture não as torna ligadas juridicamente, podendo se criar uma nova empresa ou estabelecendo uma associação, num modelo de consórcio, onde as duas ou mais empresas unidas assumem as suas responsabilidades de acordo com sua participação, obtendo também o mesmo percentual de lucratividade.
A Joint Venture é estabelecida com normas e regras para cada uma das partes envolvidas, tendo elas a obrigação de partilhar a gestão, os lucros, os riscos e possíveis prejuízos. Juridicamente, para se constituir uma joint venture, é necessário cumprir diversas etapas, estabelecendo objetivos, uma estrutura formal e um contrato definindo todas as cláusulas e obrigações de cada uma das empresas envolvidas.
As empresas que estabelecem uma Joint Venture são motivadas principalmente pela lucratividade, buscando se beneficiar do know-how de cada uma delas, num sistema de estreita colaboração, podendo se tornar mais fortes para superar a concorrência, criando novos mercados, beneficiando-se de novas tecnologias e até mesmo expandindo suas atividades, competindo de maneira mais eficiente e ampliando seus mercados, buscando principalmente o mercado internacional.
Os objetivos de uma Joint Venture podem ser a produção de bens, a prestação de serviços, procura de novos mercados, unindo as forças em um único investimento que agrega capital, tecnologia, canais de distribuição, etc.
A legislação estabelece dois tipos de Joint Ventures: a contratual, também conhecida como “non corporate”, onde não há a criação de uma nova empresa e, portanto, não é uma Joint Venture com personalidade jurídica; e a societária, que exige a criação de uma nova empresa, com personalidade jurídica própria, atuando no mercado de forma totalmente independente.
No Brasil temos diversos casos de empresas que criaram Joint Venture, como por exemplo a BRF – Brasil Foods, uma empresa de produtos alimentícios que associou-se à empresa chinesa DCH – Dah Chong Hong Holdings Limited, tendo como objetivo distribuir no mercado brasileiro produtos alimentícios provindos da China, ao mesmo tempo em que desenvolvia na China a marca nacional Sadia.
Vantagens e desvantagens da Joint Venture
A criação da Joint Venture traz diversas vantagens para as empresas. Por um lado, as empresas envolvidas partilham os custos e os riscos dos projetos, unindo suas forças, uma vez que a maior parte dos projetos requer investimentos de alto valor em sua fase inicial.
Por outro lado, uma Joint Venture oferece às empresas a oportunidade de aprendizado mútuo, trocando experiências e conseguindo superar desafios de uma forma mais eficiente, podendo competir no mercado com muito mais competência.
A Joint Venture, contudo, também pode representar riscos, com o fracasso de projetos, uma vez que as empresas envolvidas podem ter uma dinâmica de trabalho completamente diferente, podendo uma empresa tornar-se um empecilho para a outra, o que exige que elas tenham sempre um ponto em comum, abdicando de alguns sistemas organizacionais próprios para conseguir os resultados.
Para oferecer resultados positivos, a Joint Venture deve atuar com flexibilidade, gerando melhores condições para a tomada de decisões, uma vez que o objetivo das duas empresas no novo empreendimento deve independer de vontades e ideias próprias, embora essas sejam a base da Joint Venture.