Epilepsia é um substantivo feminino. O termo vem do Latim epilepsia, do Grego epilepsia, onde epi- significa “sobre” e leps- é uma forma de lambanein, que quer dizer “agarrar, tomar posse”.
O significado de Epilepsia descreve uma alteração temporária e reversível do modo que o cérebro funcionada, caracterizado por uma série de afecções nervosas que não possuem qualquer relação com febre, distúrbios metabólicos ou drogas.
Por segundos ou minutos, parte do cérebro fica emitindo sinais errôneos, que tanto podem ficar restritos a tal local como podem se espalhar. Caso fiquem restritos, a crise de epilepsia é chamada de parcial; caso se espalhem para os dois hemisférios do cérebro, é tida como generalizada.
Muitas pessoas não sabem como reagir diante de uma crise epiléptica e é fundamental entender que, caso ela dure menos de 5 minutos, não há necessidade de pedir socorro médico.
São ações que você deve ou não fazer ao se deparar com alguém em crise de epilepsia:
- Acomode-a, deitada de costas, em algum lugar confortável, se for possível,
- Afrouxe as roupas, como gravatas e botões apertados,
- Retire de perto quaisquer objetos que possam machucá-la, como, por exemplo, óculos, pulseiras e relógios,
- Coloque um travesseiro sob a cabeça, levantando o queixo para que a passagem de ar seja facilitada,
- Introduza um lenço ou um pedaço de pano entre os dentes para evitar que a pessoa morda a língua,
- Nunca segure a pessoa – deixe ela se debater até que o episódio de epilepsia acabe,
- Tapas no rosto não devem ser dados,
- Não se deve jogar água no rosto da pessoa,
- Se ocorrer baba, é necessário manter a cabeça deitada para o lado – isso evita que a pessoa se sufoque com a própria saliva.
Depois de passada a crise, deixe a pessoa descansar. Ela pode ficar confusa (não se lembrar do que aconteceu). A partir daí, acalme-a e leve-a para casa ou outro lugar seguro.
Tipos e sintomas de epilepsia
Esta desordem neurológica é conhecida por ter um sintoma muito peculiar: as crises convulsivas. Esse tipo de crise é também denominado de “ataque epiléptico”, onde a pessoa pode:
- Ter contrações musculares pelo corpo,
- Cair no chão,
- Morder a língua,
- Salivar de modo intenso,
- Respirar de forma ofegante,
- Urinar.
Outra forma de crise de epilepsia é conhecida como “desligamentos”, do tipo “ausência”. Nesse caso, se caracteriza pela curta duração, apresentando sinais de:
- Olhar fixo,
- Perda de contato com o meio por segundos,
- Distorções de percepção,
- Movimentos descontrolados de uma parte do corpo,
- Perda da consciência.
Ainda, a crise de epilepsia pode se manifestar de outra maneira: a pessoa fica “alerta”, porém não tem qualquer controle dos seus atos, realizando movimentos de modo automático. Ela pode:
- Andar sem direção,
- Falar de forma incompreensível,
- Ficar mastigando.
Além disso, a pessoa não irá se recordar do que ocorreu depois que a crise terminar.
Outros tipos de crise ainda podem provocar alterações transitórias da memória, queda de solo sem contrações ou movimento ou também as percepções visuais e até auditivas estranhas.
Possíveis causas
Em geral, a causa da epilepsia pode estar conectada com uma lesão cerebral, ocasionada por uma pancada forte na cabeça, gerando um traumatismo craniano.
Não somente isso, a epilepsia pode ser decorrente de:
- Infecções, como a meningite, por exemplo,
- Neurocisticercose (infecção causada pela tênia, acometendo o sistema nervoso central),
- Abuso de certos medicamentos,
- Abuso de bebida alcoólica,
- Abuso de drogas,
- Má formação do cérebro,
- Complicações durante o parto,
- Distúrbios no metabolismo,
- Tumores.
Existem casos que não há possibilidade de diagnosticar a origem da epilepsia.
Diagnóstico e tratamento da epilepsia
O correto diagnóstico da epilepsia tem como auxílio o uso do exame chamado de eletroencefalograma (EEG). No entanto, utiliza-se também o histórico clínico da pessoa, pois até mesmo os exames normais podem indicar o problema.
É interessante que, como alguns epilépticos se recordam das crises, ela pode informar ao médico como elas aconteceram e muitos detalhes relevantes, para que assim, identifique-se o tipo de epilepsia que ela está sendo acometida.
Com isso, é importante salientar que a doença não tem cura, mas é tratável. Prescreve-se o uso de drogas antiepilépticas, que funcionam de forma a evitar as descargas elétricas cerebrais atípicas.
Alguns pacientes possuem estágios mais graves da doença e necessitam do uso de medicamentos pela vida toda, pois as crises são incontroláveis. Estas também podem passar por intervenção cirúrgica.
Recomenda-se que não haja consumo de bebida alcoólica e que se evite ter uma vida muito estressante. Uma pessoa epiléptica também não deve passar noites em claro e precisa iniciar uma dieta equilibrada.