Caatinga é classificado como um substantivo feminino. O termo vem do Tupi, na junção de ka’a, que significa “mata”, mais tinga, que quer dizer “branca”, ou seja, “mata branca”.
O significado de Caatinga se refere a um tipo de vegetação oriunda de plantas de porte pequeno, geralmente possuidores de espinhos, como arbustos tortuosos e plantas cactáceas.
A caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro e ocupa uma área de aproximadamente 844.453 quilômetros quadrados – o que equivale a 11% do território nacional. Localizado no Nordeste brasileiro, a caatinga engloba, portanto, os estados de Alagoas, Bahia, Maranhão, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe. Também atravessando o norte de Minas Gerais, a caatinga é rica em biodiversidade, abrigando, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente:
- 178 espécies de mamíferos,
- 591 espécies de aves,
- 177 espécies de répteis,
- 79 espécies de anfíbios,
- 241 espécies de peixes, e
- 221 espécies de abelhas.
A caatinga faz parte do clima semiárido, caracterizado pela temperatura quente, com pouca umidade, além de ter chuvas escassas no inverno. O clima acaba sendo um fator determinante para este bioma, pois é ele que define a paisagem e as rotinas dos moradores (principalmente tratando-se da disponibilidade de água para plantas, animais e para os homens).
A região da caatinga conta com a presença de cerca de 27 milhões de pessoas que dependem dos recursos deste bioma para sua sobrevivência.
A origem etimológica do nome caatinga, que significa “mata branca”, está relacionada com a cor predominante da vegetação quando há a estação seca, já que é nesse período que as plantas perdem suas folhas, diminuindo sua evaporação e perdendo a água que estava armazenada nos galhos.
Plantas da caatinga
A vegetação da caatinga é composta pelas plantas xerófitas, ou seja, são espécies que se adaptaram e desenvolveram mecanismos de sobrevivência ao ambiente com pouco volume pluviométrico e baixa umidade.
Encontram-se árvores baixas e arbustos. Dependendo da espécie, algumas plantas desenvolvem raízes para obter a água armazenada no solo, enquanto outras possuem na superfície, para que no período de chuva elas possam armazenar o máximo possível de água.
Os cactos, por exemplo, são tipos de espécies diferenciadas que armazenam água por si próprios. Pode-se ainda destacar na grande variedade de espécies vegetais da caatinga, além dos cactos, o mandacaru, o xique-xique, a coroa-de-frade, o umbuzeiro, o juazeiro e a aroeira.
Embora possua um imenso potencial associado à conservação de serviços ambientais, além do uso sustentável, a caatinga também é alvo do desmatamento acelerado, em especial nos últimos anos. O que mais se destaca é o consumo da lenha nativa, que está sendo explorada de maneira ilegal e totalmente insustentável tanto para fins domésticos como para fins industriais.
Para o Ministério do Meio Ambiente, o desmatamento da caatinga já alcança uma área de 46%.