Pólis é uma palavra cujo significado está relacionado ao espaço em que o cidadão exerce a política e os atos públicos.
O que significa pólis
A origem da palavra pólis vem do grego e diz respeito ao sistema surgindo no ano VIII a.C., primeiramente na Ásia menor e disseminado por toda a Grécia, cuja expressão são as cidades-estados autônomas existentes na Grécia Antiga, mas também por extensão, designa o Estado e a sociedade.
Significado de Pólis
Na antiguidade, o termo pólis inicialmente tinha a conotação de “muro circundante”, ou seja, era uma referência a tudo o que ocorria na parte interna de uma determinada área definida.
Porém, o significado de pólis evoluiu para cidade-estado e, com a expansão do Império Romano, foi traduzida para Civita, do latim, cidade.
Cabe esclarece que a pólis (cidade) diferia da asti (cidade). Enquanto a primeira se relaciona à maneira de ser do cidadão, a segunda diz respeito aos aspectos materiais, como ruas e edificações.
Por isso, a pólis se caracteriza enquanto um aglomerado de cidadãos com seus hábitos, normas e crenças.
É importante atentar para o significado dado pelos gregos a palavra pólis, não somente enquanto espaço territorial, mas como espaço de interação política entre os cidadãos.
Muitas palavras derivam de pólis; política, politico, acrópoles, cosmopolita, metrópole, megalópole.
Porém, é preciso ter cuidado, pois a palavra pólis nada tem a ver com o termo poli, também de origem grega, mas cujo significado é muito.
O plural de pólis é poleis,
Veja alguns exemplos de como utilizar a palavra pólis em uma frase.
“A pólis grega continuará a existir na base de nossa existência política.”
“A pólis, além de suas preocupações com a autossustentação, buscou sempre o aperfeiçoamento dos sistemas de concentração de poder.”
Pólis Grega
O nascimento da pólis grega, em VIII a. C., substituiu o sistema de genos (agrupamento das tribos), no qual as pessoas se reuniam em pequenas aldeias, e está relacionada à expansão demográfica e ao desenvolvimento do comércio.
A pólis constituiu um elemento fundamental da cultura grega, apesar de que nem toda cidade grega ter se estruturado enquanto uma pólis, e remete ao ideal de democracia no exercício da cidadania.
Porém, cabe esclarecer que, apesar da cidadania, na Grécia Antiga, possibilitar ao cidadão participar das decisões que afetariam o destino da cidade, a mesma não era exercida por todos, pois só participavam dos debates públicos e das decisões políticas os homens adultos que possuíam riquezas materiais e eram proprietários de terras.
Desse modo, a mulheres, escravos e estrangeiros era vetado o direito à participação nos debates políticos, pois o poder da pólis era controlado por uma oligarquia aristocrática.
As duas principais pólis gregas foram Atenas e Esparta.
Em Atenas, a administração politicada pólis era realizada pelos denominados Eupátridas, ou “bem-nascidos” e, em Esparta o poder estava concentrado nas mãos dos Esparciatas, que nada mais eram do que a aristocracia militar.
Na pólis, as relações eram relativamente simples, e não tinham nada a ver com o sentido de Estado usado na modernidade.
No entanto, a pólis representou um modelo de organização social, política e econômica essencial para o desenvolvimento da sociedade ocidental bem como do pensamento humano.
A vida na pólis se constituía de maneira interlaçada, não se concebendo, por exemplo, a economia desligada da religião.
Para os gregos, na antiguidade, a defesa da pólis era também a defesa de seus deuses e deusas, pois acreditavam que a perda do território da pólis implicaria na perda da proteção das divindades.
Por isso, os templos ficavam, juntamente com o palácio dos governantes, no topo da acrópole (fortificações instaladas no lugar mais alto da cidade), pois além de possuir função religiosa desempenhavam função militar, como pontos de observação.
Para Tucides, historiador grego que viveu em Atenas entre 460 a.C e 400 a.C. a pólis assim se definia: “os homens é que são a cidade”.