Mobilidade social é um conceito da sociologia para indicar o movimento individual, familiar ou grupal por meio de um sistema de classes sociais, isto é, de hierarquia social ou então pelo modelo de estratificação social. Outra maneira fácil de mostrar o significado de mobilidade social é utilizando o termo posição social, que é a localização do indivíduo, família ou grupo, sendo que é possível obter tanto a ascensão social (elevar a posição social) quanto declinar socialmente (piora na posição social).
Normalmente ela é medida a partir de métodos quantitativos e econômicos através de conceitos da mobilidade econômica, isto é, do enriquecimento ou do empobrecimento de indivíduos, famílias ou dos grupos.
A mobilidade social pode se dar de duas formas, de modo que a primeira forma é a mobilidade social horizontal que ocorre quando há alguma mudança na ocupação, porém, o indivíduo continua dentro da sua classe – classe A, B ou C, alta, média ou baixa, por exemplo. Já a chamada mobilidade social vertical significa que o indivíduo, família ou grupo subiu ou decaiu para alguma outra classificação social.
Mobilidade social no Brasil
Por muitos anos o Brasil utilizou-se de programas assistencialistas para melhorar a distribuição de renda nacional e fornecer a possibilidade de maior mobilidade social às famílias. Tais programas aumentavam efetivamente a renda e comumente são acompanhados de programas de crescimento que incentivam grandes obras públicas, o que promove a geração de emprego e distribuição de renda.
Desde a década de 1970 até o ano o final do século segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) muitas famílias emergiram de uma classe a outra, isto é, aumentaram sua renda econômica e puderam desfrutar de melhores condições de vida. Isso deu-se por conta dos já citados programas de assistencialismo juntamente com a geração de emprego, estímulos ao consumo e programas de qualificação profissional. Todavia, o nível de qualificação profissional ainda é baixo e faltam especialistas em muitas áreas, inclusive na médica, tanto que o país teve de importar médicos cubanos recentemente. Isso mostra um déficit claro na formação profissional, uma barreira que precisa ser enfrentada para o país atingir maiores índices de mobilidade social.
Com a desaceleração econômica o Brasil atualmente vive grandes dilemas com relação a mobilidade social, sendo que alguns dos avanços conquistados podem estar em cheque em função do aumento do desemprego. Tal fator, o desemprego, é um dos maiores inimigos da mudança de status social. Além do mais, a alta dos juros também favorece a concentração de renda por parte daqueles que possuem capital.