Alter Ego, um termo que também pode ser empregado junto, ou seja, alterego possui origem no latim onde alter (outro) e ego (eu). Em sentido literal significa o outro eu ou alguma outra personalidade que faz parte de uma mesma pessoa, ou ainda outra pessoa próxima, a qual sente segurança e se deposita confiança.
O termo foi empregado pela primeira vez na teoria psicanalítica do médico austríaco Sigmund Freud quando trabalhou os modelos estruturais da psique (Ego, Id e Superego). Neste âmbito, trata-se de uma personalidade que mora no inconsciente, ou seja, é desconhecido pela racionalidade inerente do consciente.
Desta forma, a revelação do Alter ego pode ser feita de diversas formas. Há casos que pode ser considerada uma patologia associada ao “Transtorno Dissociativo de Identidade” que, nada mais é do que, a revelação de mais de uma personalidade em uma única pessoa e que uma delas ou todas assumem o controle do comportamento do indivíduo.
Por outro lado, este transtorno é o desencadeamento do fracasso que buscou tentar a integração de vários aspectos relacionados à memória, a consciência e a identidade. Em alguns casos, essa segunda personalidade toma o lugar da primeira ocasionalmente ou frequentemente.
Esta concepção é facilmente encontrada em obras literárias onde o autor revela o quanto um personagem pode ter conflitos internos e como ele pode lidar com o assunto. Não é raro encontrar livros, cujas histórias se baseiam na luta constante entre o bem e o mal, realizada pelo indivíduo.
Alguns estudos apontam que a personagem Emília da obra “O Sítio do Picapau Amarelo” é o alter ego do autor Monteiro Lobato uma vez que, ele poderia se revelar aos leitores de forma indireta e, ao mesmo tempo, bastante eficaz.
Entretanto, o termo ainda pode ser utilizado com o sentido de confiança onde se diz que se pode contar ou procurar uma pessoa no lugar de outra, por exemplo, “estarei ausente por uns dias, mas você pode falar com o Roberto que é meu alter ego”. Ou seja, o Roberto é uma pessoa que, além de saber do que se trata é alguém de inteira confiança de quem o indicou e podem ter várias semelhanças de comportamento ou mesmo de pensamento.