Existencialismo é o nome pelo qual ficou conhecida a escola filosófica surgida no século XIX e que foi uma das mais influentes do século XX e que revelou ao mundo o pensamento de filósofos como Jean-Paul Sartre, Søren Kierkegaard, Karl Jaspers e muitos outros.
O que é Existencialismo
É considerado como o marco inicial do existencialismo as reflexões do filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard (1813-1855). Kierkegaard desenvolveu em seu pensamento importantes reflexões em torno da questão da existência propriamente dita, tratando-a de tal forma que passou a ser considerado o primeiro filósofo existencialista, mesmo tendo sido o termo existencialismo cunhado somente nos anos 40 do século XX pelo filósofo francês Gabriel Marcel.
Kierkegaard enxergava na vida uma falta de sentido apresentando reflexões sobre o tédio da existência e o livre arbítrio. Suas ideias influenciam toda uma geração de autores e, depois da Segunda Guerra, o existencialismo ganhou força no mundo com a popularização das obras de Albert Camus, Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir.
Outro grande filósofo influenciado pelas ideias de Kierkegaard foi o alemão Martin Heidegger (1889-1976), que para muitos é também um existencialista. No pensamento de Heidegger, o homem, longe de ser uma substância ou um conceito abstrato, é antes uma existência que se faz presente, um deisen, termo do alemão que Heidegger usa com o sentido ser-aí.
Contudo, os grandes nomes ligados ao existencialismo são mesmo os do francês Jean-Paul Sartre (1905-1980) e do franco-argelino Albert Camus (1913-1960), que escreveram obras muito importantes e populares nos círculos acadêmicos e eruditos de sua época e que continuam a repercutir e influenciar até os dias de hoje. Entre suas obras, que incluem textos e livros filosóficos, peças de teatro e romances, destacam-se O Estrangeiro de Camus e O Ser o Nada de Sartre.
O Pensamento Existencialista
A ideia mais básica do pensamento existencialista e a de que a existência precede a essência. Para o existencialismo não há uma essência que determine como o homem deve ser e agir em sua vida, pelo contrário, é o fato de o homem existir que determinará ao longo de sua vida que tipo de existência ele terá. Nada determina o homem, para o existencialismo este é livre para construir-se a si mesmo.
Assim, aquilo que o homem é, como ele se apresenta enquanto ser, é fruto de sua individualidade e da sua liberdade para fazer escolhas. A essência do homem é uma construção sua e sobre a qual ele tem toda a responsabilidade. O homem, enquanto existência, através das escolhas que faz durante a vida constitui aquilo que ele é enquanto essência, enquanto manifestação na realidade. A vida é um projeto aberto que vai se definindo a partir das escolhas feitas pelo homem.
O homem é todo livre pra escolher, mas ao mesmo tempo sofre com a angústia de o tempo todo ter que se responsabilizar por si mesmo, escolhas erradas podem acarretar problemas e muitas vezes não há como saber ao certo qual o melhor a escolher.