Darwinismo refere-se ao conjunto de ideias desenvolvidas a partir dos estudos de Charles Darwin e a sua teoria da evolução das espécies.
O que é Darwinismo
Tendo como ponto de partida as teorias de Thomas Malthus – que apresentavam a ideia de que o crescimento das populações atingirá um nível tal que não haverá recursos suficientes para alimentar a todos – Darwin chegou a ideia de que há uma competição para a sobrevivência na natureza, dada a escassez de recursos. Darwin concluiu que nessas populações naturais, indivíduos que possuírem alguma variação física, fisiológica ou biológica que favoreça a sua sobrevivência, estarão mais aptos a gerar descendentes que herdarão essa vantagem competitiva.
Além das ideias de Malthus, o darwinismo está também fundamentado em uma ampla pesquisa empírica e experimental, onde Darwin pode analisar as taxas de mortalidade e reprodução de diversos grupos animais e vegetais e constatar que indivíduos que possuem certas características têm mais chances de sobreviver e se reproduzir, gerando herdeiros com as mesmas características. Ao longo de muitos anos, essas características são transmitidas a muitos indivíduos, gerando um grande número de descendentes com essas características competitivas.
Assim, no darwinismo, vemos que os animais que não desenvolvem essas caraterísticas competitivas começam a encontrar dificuldades em sobreviver e se reproduzir, pois não podem competir com os mais aptos. No darwinismo, chama-se de seleção natural essa característica que a natureza tem de favorecer os mais fortes e dificultar a sobrevivência dos mais fracos. É a seleção natural que faz com que algumas espécies se perpetuem e outras se extingam.
O darwinismo propõe então que as diferenças que encontramos entre os indivíduos, tanto em suas características externas como internas, são o que determinam os mais capazes de se manter vivos, e essas variações serão decorrentes de mutações e alterações genéticas, que ao serem transmitidas às outras gerações, criarão espécimes mais fortes ou mesmo, ao longo de muitos anos, novas espécies.
Um animal pode, por exemplo, por causa de uma mutação natural, nascer com uma garra mais forte e maior do que os outros de sua mesma espécie. Essa garra mais forte lhe dará vantagens para conseguir alimento, para cavar, para matar suas presas e mesmo em lutas contra outros de sua espécie, será uma animal com mais chances de sobreviver, e os seus descendentes tendem a herdar a mesma característica, formando um grupo de descendentes aptos.
De acordo com o darwinismo, podemos identificar cinco referências no mecanismo natural responsável pela evolução das espécies:
Variação – os indivíduos de uma mesma espécie apresentam sempre algum tipo de variação entre si; herança – as variações são transmitidas geneticamente; seleção – a competição por recursos faz com que somente os melhores sobrevivam e essa é a seleção natural; tempo – as mudanças acontecem de geração em geração mas a evolução só é perceptível em longos períodos de tempo; adaptação – as mutações permitem que indivíduos se tornem mais aptos aos meios onde vivem, ou seja, se adaptem melhor as suas condições ambientais.
Darwinismo Social
Ficou conhecida como darwinismo social a tendência surgida no final do século XIX e início do XX de se aplicar as teorias de Darwin no campo das ciências sociais. Assim, como existiriam animais mais aptos para sobreviver no meio natural existiriam também indivíduos ou nações mais aptas a sobrevivência na história da civilização ou, dito de outra maneira, existiriam pessoas ou nações superiores a outras.