Afrodescendente é o descendente de africanos. A palavra é formada pela junção de “afro”, que faz referência à África e “descendente”, que significa descender, proceder por geração.
Antes do Acordo Ortográfico de 1990, a grafia da palavra era feita da seguinte forma: afro-descendente. Após tal data essa grafia ficou incorreta, sendo o correto: afrodescendente.
O Brasil é considerado o país com o maior número de pessoas com ascendência africana que estão fora da África. Cerca de 200 milhões de indivíduos classificam-se como afrodescendentes e estão vivendo em todo o continente americano.
No Brasil, também existe o termo “afro-brasileiro” que é a designação oficial para os brasileiros de raça negra.
Pessoas com ascendência africana em todo o mundo são reconhecidas como vítimas de discriminação racial, devido à escravização dos negros no passado, independentemente de serem descendentes de escravos ou não.
Como forma de combater o preconceito racial em todo o mundo, a ONU criou uma resolução que define o período entre 1º de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2024 como a ” Década Internacional de Afrodescendentes”, no qual ações que impeçam a intolerância, a discriminação, o racismo e a xenofobia são reforçadas em todo o planeta.
Miscigenação
Por mais de três séculos, as pessoas que viviam na África foram escravizadas e tornadas mão de obra para os proprietários de minas e terras rurais do continente americano e também para a acumulação de capital dos europeus.
Os negros, além de forçados a trabalhar para os brancos, eram forçados a se locomoverem do seu país para várias partes do mundo. Cerca de 10 milhões de negros escravizados foram levados da África até o continente americano entre os anos de 1502 a 1870.
Devido a essa locomoção entre continentes, houve o cruzamento entre indivíduos de raças diferentes, como os europeus, principalmente portugueses, com negros e indígenas. Considerando todo o planeta, foi no Brasil onde ocorreu a miscigenação mais intensa.