O Absolutismo é um regime político onde o dirigente máximo, geralmente o rei, ou monarca, possui poderes absolutos, independentemente de qualquer outro órgão ou poder no reino. O soberano, no Absolutismo, concentrava todos os poderes estatais em suas mãos.
O Absolutismo foi tema de obras importantes na história da civilização ocidental, tendo isso usado por Maquiavel, Bossuel, Thomas Hobbes, além de Jean Bodin, e Jaime (VI da Escócia e I da Inglaterra).
A ideia do Absolutismo muitas vezes era confundida com a doutrina do Direito Divino dos Reis, defendendo que o governante tinha uma autoridade que emanava diretamente do poder de Deus, não podendo ser depostos senão pela autoridade divina, sendo essa a teoria apresentada por Bodin, Jaime e Bossuet.
No Absolutismo, portanto, o rei era o único que podia exercer os poderes, estando como pessoa indicada pelos poderes divinos e se mantendo acima até mesmo da Lei, ou seja, era o próprio monarca quem criava as leis que mais lhe interessava. O sistema do Absolutismo teve início na Europa e sua influência maior ocorreu entre os séculos 16 e 18.
Com o poder absoluto, os monarcas dessa época, além de poder criar as leis sem interferência de qualquer setor da sociedade, também podiam criar tributos e impostos para financiar suas obras e projetos, além das constantes guerras que se travavam entre os países. Os reis absolutistas também interferiam nos poderes religiosos, muitas vezes chegando a controlar não só o clero de seus reinados, mas também o poder central do Papa, em Roma.
Um dos grandes defensores do Absolutismo foi Thomas Hobbes, filósofo inglês que escreveu “O Leviatã”, e que considerava que o Absolutismo era uma necessidade para manter a sociedade como era na época, afirmando que, se não houvesse um poder central, absolutista e mandatário, a sociedade iria decair e o ser humano, o Homem, voltaria ao seu estado natural de selvageria, uma situação que praticamente era comum numa época de falta de conhecimento e de informações.
Outro grande defensor foi Nicolai Maquiavel, escritor italiano, cuja obra “O Príncipe” influenciou muito a existência dos monarcas e senhores das cidades feudais italianas. O livro é praticamente um manual para o regime absolutista.
Quem mais se beneficiava do Absolutismo na Idade Média eram os burgueses, uma nova classe que surgia no final dessa época, e que se enriquecia com o comércio, mantendo com o dinheiro o poder do rei absoluto. Os burgueses, nova classe rica da época, patrocinava os projetos do monarca e, em troca, eram beneficiados pelos negócios do Estado, situação bem parecida com a corrupção da atualidade.
Na Europa, muitos países viveram sob o regime do Absolutismo. O mais conhecido dos reis absolutistas foi Luiz XIV, da França, que chegou a ser conhecido como “Rei Sol” e cuja posição ficou famosa na história, com sua frase – que se tornou célebre – “O Estado sou eu”.
Na Inglaterra, o mais famoso rei absolutista foi Henrique VIII, seguido por Elizabeth I. O absolutismo de Henrique VIII foi responsável inclusive pela criação da Igreja Anglicana, que se separou da Igreja Católica Romana em virtude da vontade de Henrique VIII divorciar-se de suas mulheres, que não geravam filhos homens ou que não atendiam mais suas paixões.
Portugal, nessa época, não vivia sob o regime do Absolutismo, sendo o poder dividido com as cortes portuguesas e com outras personalidades da realeza. O poder, no entanto, foi centralizando-se com o tempo, chegando ao Absolutismo com o reinado de João V. Com o casamento do rei Fernando de Aragão, da Espanha, com a Rainha Isabel de Castela, e sem um herdeiro para o trono, houve a unificação do reino de Portugal com o reino da Espanha, dando início ao período de Absolutismo na Península Ibérica.
O Absolutismo teve seu fim com o surgimento do Iluminismo e com os ideias de “Igualdade, Liberdade e Fraternidade” propagados pela Revolução Francesa. Na maior parte dos países, o Absolutismo foi substituído pela República. Antes de sua queda, porém, os reis absolutistas tentaram uma reforma, que ficou conhecida como despotismo esclarecido.
O mercantilismo era o modelo econômico existente na época dos regimes absolutistas. O modelo era formado pelo Estado, que mantinha forte envolvimento com os negócios financeiros, unindo-se aos burgueses e considerando que o mercantilismo era uma forma de acumular as riquezas, mantendo forte o Estado, favorecendo o monarca absolutista que, desta forma, conseguia influência, poder e respeito diante de outros reinos da Europa.
O mercantilismo caracterizou-se por formar um corporativismo muito forte, com proteção alfandegária, pelos pactos coloniais da época dos grandes descobrimentos, pelo início da industrialização e por trazer balança comercial favorável aos seus reinos.
O mercantilismo antecedeu o capitalismo, sistema financeiro da atualidade que, embora mais aberto, ainda detém características da antiga forma de proteção e corporativismo existente na Idade Média.
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