Alquimia é uma palavra com origem árabe al-kimiya, cujo significado é “a química”. Assim sendo, Alquimia se refere à ciência mística, mas também é considerada como a química da Antiguidade ou da Idade Média que buscavam o conhecimento da natureza e a compreensão de fenômenos.
Os alquimistas, como conhecedores dessa ciência, faziam experimentos em seus laboratórios onde combinavam os diversos saberes de importantes áreas como a Química, Antropologia, Filosofia, Astrologia, Matemática e Metalurgia.
Destas combinações surgiram os fundamentos pelos quais a Alquimia ficou famosa como a transmutação de um elemento em outro que originou lendas como transformar objetos de metal em ouro; a pedra filosofal como a substância básica ou primeira que poderia fazer essa transformação e o elixir da vida ou da imortalidade que, nada mais é, do que criar uma bebida que pudesse fornecer a imortalidade de quem a provasse.
A Alquimia é uma ciência muito antiga e como é rica em simbolismo também é bastante envolta em mistérios. Vários estudos apontam sua origem ao antigo Egito, principalmente ao deus Thoth, cuja identificação com a mitologia grega é o deus Hermes.
Desta relação surgiu a palavra hermetismo que ainda é empregada no estudo e compreensão da Alquimia, ou seja, o conhecimento é difícil e fechado e para se obtê-lo é preciso ter alguém que o apresente ou então que o inicie aos saberes mais profundos e guardados em segredo.
Este caráter ocultista despertou a atenção de muitas pessoas e diversas obras surgiram, a maioria escrita ou descoberta no período medieval como, por exemplo, A Tábua de Esmeralda (Hermes Trimegisto), e O Livro das Figuras Hieroglíficas (Nicolas Flamel).
A Alquimia foi reconhecida como a ciência que fundamenta a química moderna a partir do século XII quando o cientista Robert Boyle lançou as primeiras obras que serviram de base para a nova ciência enquanto negava os pressupostos daquela tradicional.
Além de Boyle, estudiosos como Avogadro e John Dalton também foram fundamentais para o embasamento e divulgação da química como hoje é conhecida. Ainda que boa parte da Alquimia tenha ficado no campo do simbolismo e lenda ela teve duas ramificações: uma ocidental e outra oriental.
A Alquimia Oriental ou Chinesa que é associada ao Budismo e se baseia na busca do elixir da longa vida que está perfeitamente associado à fabricação do ouro, como uma alquimia externa e outra que envolve a procura por gerar esse mesmo elixir através do próprio alquimista (Alquimia interna).
Provavelmente das duas ramificações: orientais e ocidentais que, em essência, trabalham a transmutação surgiu a Alquimia Moderna que se baseia em transformar pensamentos negativos em positivos.
Deste conceito, nasce a transformação mental que uma pessoa realiza como forma de modificação e resolução de problemas.