Anátema é uma maldição, reprovação, opróbrio, afronta muito grave ou abominação. No catolicismo tem o significado de excomunhão com execração.
Para a igreja Católica, é considerada a pior sentença que priva dos sacramentos (ato instituído por Deus para purificar e santificar as almas), onde quem pratica o anátema é expulso da igreja e privado de se comunicar com outros fiéis, e ainda é considerado como amaldiçoado pelo sacerdote.
O anátema é aplicado para os piores casos de heresia contra a fé e acontece em celebrações públicas realizadas por bispos ou cardeais.
Anátema e o Novo Testamento
No Novo Testamento, na escrita do apóstolo Paulo, o anátema, que significa execração, é usado uma vez juntamente com a palavra “Maranata”, que tem os significados de “O Senhor vem!” ou “Nosso Senhor vem!”: “Se alguém não ama ao Senhor, seja anátema. Maranata”.
A combinação destas palavras significa separação até a vinda do Senhor; em outras palavras – a ser julgado por Ele.
O apóstolo Paulo usa “anátema” em outro lugar sem a adição de “maranata”:
“Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” (Gálatas 1:6-8).
E também em I Coríntios 12:3: “Portanto vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: ‘Jesus é anátema.’ E ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo.”
Aqui “anátema” é proclamado contra a distorção do Evangelho de Cristo como foi pregado pelo apóstolo, não importa por quem este possa ser comprometido, seja pelo próprio apóstolo ou por um anjo do céu. Nessa mesma expressão também está implícito: “deixe que o próprio Senhor julgue”.