Anchova é um dos nomes de determinadas espécies de peixes, também conhecidos como enchova, anchoveta, manjuba, piquitinga ou pititinga, tendo origens europeia, provindo do genovês “anciua”, que gerou anchova, anchoveta e enchova. Manjuba provém do tupi, com a junção de “mã” (coisa) e “juba” (amarela). Pititinga é proveniente de “pi” (pele) e “ti ting” (branca) e piquitinga de “piki’tim” (pele recortada).
O que é anchova?
A anchova, dentro da ictiologia, é o termo para designar um peixe ou uma família de peixes pelágicos e teleósteos, denominados engráulidos, tendo o nome científico de Engraulis encrasiocolus.
Trata-se de um peixe que costuma habitar o mar Mediterrâneo e o Atlântico Oriental, sendo muito aprecisado na Europa Meridional e consumido em conserva, fresco ou em salmoura, e encontrado também nas costas do Atlântico, no Brasil, e do Pacífico, no Chile e Peru. A anchova é um peixe importante do ponto de vista da cadeia alimentar, servindo como alimento para diversas espécies de predadores.
Os nomes diferentes atribuídos à anchova devem-se ao fato de que o título pode retratar uma família completa de peixes, atendendo pelo nome dado pela cultura que o consumia. Assim, em Portugal a anchova é chamada de biqueirão, enquanto no Brasil leva os títulos herdados dos indígenas, na língua tupi-guarani.
No Brasil, no entanto, tanto a manjuba quanto a pititinga vêm de famílias distintas da anchova, podendo alcançar até um metro de extensão e chegar até doze quilos, enquanto que a anchova europeia não passa 20 centímetros de compridão.
A anchova é um peixe muito estimado na culinária em virtude do seu sabor, sendo usado como base para inúmeras receitas, distribuídas em saladas, patês ou assados, além de servir como recheio de pizza (conhecida como pizza de alitche, peixe que não existe nas costas brasileiras, comercializado curtido em salmoura e também conhecido como anchova.
Na preparação de sushis e sashimis, a espécie mais utilizada é a anchova negra, ou peixe-prego, cujo nome científico é Ruvettus pretiosus. Em inglês, a anchova negra é conhecida como oilfish, ou peixe oleoso, em virtude de sua característica principal, a oleosidade, o que o leva a ser recomendado ser consumido com moderação, já que seu óleo contém gemplylotoxin, uma gordura que pode trazer problemas intestinais a pessoas que tenham o trato digestivo mais sensível.
A anchova comum, para os ingleses, tem o nome de bluefish e, no Brasil, a espécie predominante é a classificada cientificamente como Pomatonus saltator, podendo ser encontrada em toda a costa brasileira, desde o Amapá ao Rio Grande do Sul, embora sua maior pesca ocorra nos litorais de Santa Catarina e Rio de Janeiro.
O nome bluefish é proveniente da cor azul, predominante no dorso, embora a anchova apresente o prateado nos flancos e ventre. A anchova possui escamas e tem o corpo alongado, com cabeça grande e boca larga, apresentando mandíbula saliente e dentes muito afiados.
A anchova costuma se aproximar da costa nos meses de inverno, em grandes cardumes de peixes jovens, já que os mais velhos buscam o isolamento. Na época de reprodução, os cardumes de anchova seguem para o mar aberto, além da plataforma continental, para desovar. O alto mar também é onde a anchova fica à espera de presas, atacando inclusive indivíduos de sua própria espécie.
Para a pesca esportiva, a anchova também é uma das presas preferidas, exigindo varas de tipo médio ou pesado, com o uso de iscas artificiais específicas. A pesca da anchova é feita nas marés vazante, entre as luas cheia e nova.