Ansiedade é um estado psíquico marcado por um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por desconforto e tensão diante da antecipação de perigo ou algo estranho e/ou desconhecido.
A palavra “ansiedade” possui raízes etimológicas no latim e está relacionado ao sentimento de angústia, perturbação, desconforto, aperto e sufocamento.
Ao longo do desenvolvimento da criança, medo e ansiedade devem estar presentes para garantir o desenvolvimento saudável do indivíduo, tornando-o capaz de se adaptar e reagir corretamente diante de situações que podem lhe causar dano. Contudo, quando são exagerados, desproporcionais ao estímulo e interferem na qualidade de vida, causam perturbação na saúde da pessoa e, assim, a ansiedade torna-se patológica.
O quadro de ansiedade pode ser uma reação à antecipação de situações por estímulos internos ou externos. Em outras palavras, a pressão sobre o indivíduo pode ser tanto de si mesmo quanto do ambiente, das situações e pessoas que o cercam.
As causas da ansiedade são diversas, podendo ser agravadas pelo estresse da vida escolar ou do trabalho, ou ainda como consequência de uma criação rigorosa, por exemplo. Pode também ser uma consequência de outras doenças, como o hipertireoidismo. Ou seja, a ansiedade pode ser causada por diversos fatores diferentes e, muitas vezes, sua causa não é única.
Por isso, o tratamento da ansiedade, quando patológica, é variado e depende das causas da ansiedade e da forma que ela afeta o indivíduo. Em outras palavras, o tratamento não deve ser focado nos sintomas, mas também nas causas e nos efeitos da ansiedade na saúde geral do paciente.
Nesse sentido, é importante ressaltar a importância da medicina não ser centrada na doença, mas sim no paciente enquanto pessoa. A ansiedade afeta a saúde como um todo, isso significa que a ansiedade interfere no bem-estar físico, mental e social, ocasionando uma perturbação generalizada na saúde.
Assim, ainda que tenha natureza essencialmente neuropsicológica, a ansiedade é um distúrbio que causa danos físicos e, principalmente, sociais. Fisicamente, a pessoa ansiosa pode desenvolver alguma forma de alteração nutricional, seja compulsão alimentar ou a permanência em longos períodos de jejum. Além disso, socialmente, a ansiedade traz consequências para os relacionamentos e interações sociais do indivíduo.
Por isso, é muito importante que a pessoa que sofre com um quadro patológico de ansiedade busque ajuda. A ajuda ideal é proveniente de uma equipe multiprofissional, composta por profissionais da medicina, psicologia, enfermagem e nutrição. Assim, será possível realizar o melhor tratamento, proporcionando o máximo bem-estar à pessoa.
De um modo geral, o tratamento da ansiedade envolve psicoterapia e acompanhamento médico e, quando necessário, o uso de medicamentos psicotrópicos.
Como já dito, a ansiedade patológica é causada por diversos fatores. Alguns deles são:
- Hipertireoidismo;
- Depressão;
- Ansiedade generalizada;
- Fobias;
- Perturbação de Pânico;
- Perturbação Obsessivo-Compulsiva;
- Síndrome de Pós-Stress Traumático;
- Psicoses;
- Esquizofrenia;
- Perturbação maníaco-depressiva.
É importante notar que, além de ser causada por esses fatores, a ansiedade também pode causá-los. O que significa que há uma via de mão dupla entre as causas da ansiedade e os efeitos da ansiedade.
Tipos de Ansiedade
A medicina geralmente busca sistematizar e categorizar ao máximo as doenças. O mesmo é válido para a ansiedade, é claro, que pode ser dividida nos seguintes tipos:
- Ansiedade Generalizada: preocupação exacerbada e desproporcional diante de situações do dia a dia, como emprego, família, saúde e problemas comuns do cotidiano;
- Fobias: medo excessivo e, aparentemente, irracional diante de determinado tipo de objeto, animal ou situação. Muitas das vezes são explicados por algum trauma anterior, especialmente aqueles ocorridos na infância;
- Perturbação de Pânico: ataques de pânico recorrentes aparentemente sem causa, que podem estar associados a situações habituais de estresse;
- Perturbação Obsessivo-Compulsiva: presença frequente de ideias, pensamentos, imagens e impulsos considerados invasivos e/ou inapropriadas, os quais a pessoa não consegue controlar, causando angústia profunda e ansiedade;
- Síndrome de Pós-Stress Traumático: surgimento de diversos sintomas característicos, que incluem a ansiedade, após um evento que gerou estresse extremo e trauma profundo.