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Antropofagia é um ritual, normalmente religioso ou de magia, onde é praticado o ato de comer carne humana, motivado pela crença de que a força e as habilidades do indivíduo sejam transferidas para quem o come.
Em uma tribo antropofágica, o nativo escolhia se alimentar de um guerreiro forte e jamais de um guerreiro fraco, já que não queria assimilar as características ruins.
A palavra antropofagia vem do grego “anthropos”, que significa “homem” e “phagein”, que significa “comer”.
Canibalismo não é antropofagia, ao passo que o canibalismo é o ato praticado por animais, que comem outros animais de sua própria espécie, como hábito alimentar.
O canibalismo também é uma forma de eliminar os animais menos aptos, como por exemplo, quando os filhotes nascem defeituosos, eles são comidos pelos outros. Em alguns casos, o canibalismo ocorre após a copulação, quando a fêmea come o macho, que de acordo com alguns estudiosos, tem o objetivo de nutrição para ter filhotes fortes, ao ingerir as proteínas do macho.
Enquanto que o antropofagismo é o termo utilizado unicamente para seres humanos, dentro do contexto de rituais, e não como meio de alimentação. Contudo, existem casos em que indivíduos comeram pessoas mortas em situações de vida ou morte, onde não havia outro tipo de alimento para que pudessem sobreviver.
O ritual antropofágico ficou conhecido no Brasil pelo povo indígena Tupinambá, por volta do século XVI. As diversas tribos tupinambás guerreavam entre si e os prisioneiros tinham sua carne devorada.
Oswald de Andrade (1890-1954) foi um escritor e dramaturgo brasileiro, de temperamento irreverente e considerado um dos maiores nomes do modernismo literário brasileiro.
Em 1928, foi publicado seu manifesto literário intitulado “Manifesto Antropófago“, onde atacou explicitamente a herança portuguesa em trechos como “antes de os portugueses descobrirem o Brasil, o Brasil tinha descoberto a felicidade”.
Esse manifesto antropofágico tem sentido metafórico, uma vez que ele afirma que podíamos comer a cultura europeia e digerir apenas o que ela tem de bom, sem fazer como no canibalismo indígena, onde o índio absorvia toda a cultura estrangeira e tornava-a parte de sua vida.
Ver também o significado de Abaporu.
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