Aquicultura é uma ciência que estuda as técnicas de cultivo e reprodução de peixes, crustáceos, algas ou moluscos. Esse cultivo é feito para o consumo do ser humano e para evitar a pesca indiscriminada em rios e mares. O termo também é utilizado para nomear o tratamento feito em lagos e rios para melhorar os trabalhos com a pesca.
É é um substantivo feminino oriundo do latim “aqua” mais “cultura”.
Embora pareça, a aquicultura não é uma novidade. Ela surgiu há milhares de anos na China e há estudos que comprovam que no Antigo Egito eles também praticavam essa ciência no cultivo da “Tilápia do Nilo”.
A aquicultura, hoje em dia, está encarregada de abastecer metade da população mundial. De acordo com informações da ONU, houve um crescimento gigantesco na produção de peixes, um aumento de 47% no fornecimento em 36 anos de atividade.
Existem vários tipos de cultivo, cada um com sua especificidade. Veja alguns deles abaixo:
- Piscicultura: criação de peixes em água doce, água salobra ou água marinha.
- Carcinicultura: cultivo de camarões e lagostas.
- Malacocultura: cultivo de moluscos (caramujos, chocos, lulas e polvos).
- Mitilicultura: cultivo de mexilhão.
- Ostreicultura: cultivo de ostras.
- Pectinicultura: criação de vieiras.
- Algicultura: criação de algas.
- Ranicultura: criação de rãs.
- Criação de jacarés: criação de jacarés para o abate.
Aquicultura e pesca
Há uma diferença em ambos os conceitos. A pesca é uma atividade que visa à exploração de peixes em um local público, sem a preocupação de estar ou não acabando com algum espécime.
Já na aquicultura, existe uma propriedade particular que visa à criação e o cultivo em grande escala de vários espécimes para o consumo do ser humano, ou seja, é voltado para o comércio.
Aquicultura sustentável
A utilização dos meios naturais deve ser feita de forma consciente, onde o meio ambiente seja preservado e respeitado. É preciso evitar que a biodiversidade seja prejudicada e que haja alguma alteração no ecossistema.
Por isso, é fundamental que alguns espécimes sejam colocados de volta no seu habitat natural, para que assim, mantenham e aumentem a população natural desses locais e, quem sabe, ajudem a criar um novo espécime.
Aquicultura no Brasil
O Brasil é um local bastante propício para o desenvolvimento dessa atividade, primeiro por possuir uma extensão de terra enorme, depois por ter uma costa marítima e uma extensão de água doce excepcional.
As principais regiões do Brasil onde existem produtores são as regiões Sul, Nordeste e Sudeste.
Além do mais, o país conta com uma variedade enorme de peixes, mais de 3.000 espécimes diferentes. Há também alguns espécimes com grande potencial para serem criados em cativeiros, como por exemplo, o Dourado, Jaú, Matrinxã, Piau, Pintado, Pirarucu, Jundiá, entre outros.
Devido a sua importância, o Brasil deve continuar a investir e desenvolver a aquicultura no país, pois ela é uma das soluções encontradas para abastecer todo o mercado brasileiro com os variados espécimes que são cultivados.
Aquicultura UFSC
O curso de Graduação em Engenharia de Aquicultura foi criado no ano de 1998 pela Universidade Federal de Santa Catarina. A universidade forma desde então profissionais para trabalharem no cultivo de peixes, crustáceos, moluscos e plantas aquáticas.
O curso contém 10 semestres, sendo que os alunos precisam realizar estágios supervisionados em empresas no quinto ou últimos semestres.