Arte Moderna

Arte Moderna é o nome dado às manifestações artísticas ocorridas no final do século XIX e meados do século XX. Houve uma grande mudança nas artes de uma maneira geral, como na literatura, na pintura, fotografia, arquitetura, música e escultura.

A Revolução Industrial favoreceu e contribuiu para que houvesse uma grande transformação na forma de pensar e principalmente nas atitudes dos artistas. Trouxe também novas formas de manifestação e liberação da criatividade, o que influenciou bastante na forma como a arte passou a ser vista.

Nesse período houve uma quebra dos modelos impostos pelas formas clássicas do Romantismo e do Realismo, que ditavam e limitavam a criatividade dos artistas. Esses modelos cheios de regras e normas foram deixados de lado e após essa libertação foram surgindo inúmeras maneiras de se expressar mais livremente através da Arte Moderna.

Após essa ruptura surgiram várias manifestações e correntes de vanguardas que ficaram conhecidas como: Impressionismo, Pós-impressionismo, Cubismo, Fauvismo, Expressionismo, Surrealismo, Concretismo, Futurismo, Pop Art e Dadaísmo.

As principais características da Arte Moderna

•   Rompimento com os modelos preestabelecidos do passado;

•   busca por novas formas de manifestar a imaginação e a criatividade;

•   uso de cores vibrantes e vivas;

•   imagens deformadas, formas cúbicas;

•   cenas sem sentido.

Essas características contribuíram para que os diversos movimentos de vanguarda fossem surgindo. Houve certa resistência em aceitar essas novas formas de expressão, mas aos poucos foram sendo aprovadas e reconhecidas pelo público.

Alguns dos artistas que se destacaram no cenário mundial do Modernismo são: Pablo Picasso, Matisse, Mondrian e Kandinsky, Salvador Dali, entre outros.

Arte Moderna no Brasil

O modernismo chegou ao Brasil em 1922 e se prolongou até 1970, através dos próprios artistas brasileiros que mantinham constante conexão com os artistas europeus. Eles introduziram essa nova forma de expressão e manifestação artística e trouxeram as novas filosofias de vanguarda europeias.

Os críticos brasileiros não gostaram nem um pouco dessa nova visão, porém não conseguiram barrar esse grande movimento. O resultado de toda essa movimentação foi a “Semana de Arte Moderna” que aconteceu em São Paulo, sendo ela considerada o marco inicial desse movimento de vanguarda.

Os principais defensores e divulgadores dessa manifestação foram os artistas Tarsilla do Amaral, Di Cavalcanti, Anita Malfatti, Vicente do Rêgo, Victor Brecheret, Lasar Segall e Ismael Nery.

Saiba mais sobre o Abaporu, pintura de Tarsilla do Amaral.

Semana de Arte Moderna

A Semana de Arte Moderna aconteceu na cidade de São Paulo em 1922. A semana ficou conhecida como “Semana de 22”. São Paulo era considerada a cidade ideal para desenvolver tal evento, já que era uma grande metrópole rica e em expansão industrial.  Estava em constante reurbanização, se modernizava muito rapidamente e recebia uma quantidade enorme de imigrantes europeus.

Ela foi realizada no Teatro Municipal, entre os dias 11 e 18 de abril, onde estiveram presentes vários artistas da pintura, arquitetura, escritores, artistas plásticos e músicos. Sendo que cada dia foi destinado a um tipo de manifestação específica.

O fruto desse encontro com grandes tendências vanguardistas Europeias não afetou o caráter nacionalista das obras dos artistas brasileiros que queriam criar uma obra essencialmente brasileira e mostrar que a arte moderna era algo de suma importância para o país.

A cidade estava em alvoroço com os novos rumos que as linguagens estavam tomando. Com as novas formas artísticas e com a liberdade de criação que rompeu de uma vez por todas com aqueles modelos rígidos e impositivos do passado.

Artistas que difundiram e despontaram no novo cenário artístico de acordo com o catálogo da mostra e que participariam dessa Semana foram: Anita Malfatti, Zina Aita, Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro, Yan de Almeida Prado, Ferrignac, John Graz, Oswaldo Goeldi e Alberto Martins Ribeiro, com pinturas e desenhos;

Confirmava a participação ainda de Victor Brecheret, Wilhelm Haarberg e Hildegardo Leão Velloso com suas esculturas; Antônio Garcia Moya e Georg Przyrembel com seus projetos de arquitetura.

Além de tudo, havia a participação de escritores como Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Sérgio Milliet, Menotti del Picchia, Ronald de Carvalho, Plínio Salgado, Renato de Almeida, Álvaro Moreira, Guilherme de Almeida e Ribeiro Couto. 

E por último, e não tão menos importante, contaram com a presença de nomes consagrados de músicos como: Villa-Lobos, Guiomar Novais, Ernâni Braga e Frutuoso Viana.

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