Balzaquiana é uma forma de se referir a uma mulher que tem 30 anos de idade. A expressão surgiu a partir do livro A Mulher de Trinta Anos, lançado em 1842 e escrito pelo célebre autor francês Honoré de Balzac (1799-1850). O livro tem como personagem principal uma mulher de trinta anos e o sucesso e o impacto da obra fizeram com que fosse adotado o costume de se chamar uma mulher que atinge os 30 anos de balzaquiana.
Temos então que balzaquina pode ser usado para se referir a qualquer mulher que tenha completado os trinta anos, num sentido de que é uma mulher madura, experiente, independente e que ainda conserva a beleza da juventude.
O termo balzaquiana pode ainda aparecer para se referir a uma mulher especialista na obra de Honoré de Balzac. Balzaquiana aqui aparece como o feminino de balzaquiano, substantivo que qualifica tudo o que pertence ou tem relação a Honoré de Balzac.
A Mulher de Trinta Anos é o livro mais famoso de Honoré de Balzac, considerado uma das grandes obras da literatura francesa e universal.
A Mulher de Trinta Anos
O livro A Mulher de Trinta Anos foi publicado em 1842, fez muito sucesso e escandalizou um pouco a sociedade de seu tempo por ter como protagonista uma mulher com trinta anos, o que na época era considerado uma idade já avançada para a protagonista de um romance, que geralmente contavam a história de mocinhas na casa dos 20 anos.
Na obra, Balzac traça um perfil psicológico de uma mulher casada na época em que Napoleão Bonaparte era o imperador francês apresentando importantes reflexões sobre a vida da sociedade na época, sobretudo no contexto da vida privada, fazendo uma síntese memorável dos sonhos, angústias e desejos das mulheres da época.
A protagonista do romance é Julia d’Aiglemont que tem um casamento com um oficial do exército de Napoleão. Julia não é feliz em seu casamento e vai acumulando incertezas e angústias ao longo dos anos. Finalmente já com 30 anos, ela conhece Carlos Vandenesse, homem pelo qual se apaixona e que lhe proporciona um relacionamento extraconjugal que a faz se sentir viva novamente.
A história de Julia d’Aiglemont fez sucesso em todo o mundo e provocou grande identificação entre as mulheres, e com o tempo balzaquiana passou a ser sinônimo de qualquer mulher que atinja três décadas de vida.