Baphomet

Baphomet é uma entidade contemplada em várias culturas ao longo dos séculos. E em cada uma recebe representação e significado, que vai de deus da natureza até príncipe do demônio.

Sua simbologia é de um ser ambivalente que possui o bem e o mal, o feminino e o masculino, o yin e o yang, o que conecta o céu e a terra.

Origem do Baphomet

Originalmente o Baphomet é a representação de vários deuses pagãos presentes nas mitologias das civilizações mais antigas do mundo.

Para cultura celta, ele era o deus Cernunnos considerado deus da natureza e fertilidade. É representado sempre com chifres e sentado na posição de lótus que se assemelha com representações recentes dessa entidade.

Na Grã-Bretanha, o Cernunnos foi renomeado para Herne e foi acrescentado a sua representação a ênfase ao pênis o que a torna mais evidente sua aproximação com a divindade.

A Grécia também o considerava como o deus da natureza, Pan. Representado pela imagem de um ser com chifres e pernas de cabra e essa sua característica é a personificação do impulso carnal.

Outra crença na origem de Baphomet é a derivação do nome Muhammad, como uma outra forma de nomear o fundador do Islã.

Baphomet e os Templários

A história atual entorno do Baphomet está intimamente ligado com os cavaleiros templários da Idade Média. É dessa relação que surgiu os significados mais recentes dessa divindade onde ela é tomada como príncipe do demônio.

Historicamente, esse nome é dado para a suposta divindade adorada pelos Cavaleiros Templários, que eram um exército religioso mandado pela Igreja Católica para proteger Jerusalém após ser dominada.

Eles se tornaram ricos e poderosos, mais até do que os soberanos da época. E isso não foi bem aceito pela Igreja Católica e o rei Felipe, o Belo, que juntos acusaram os templários de diversas heresias.

As acusações foram negação a Cristo, praticas obscenas, rituais sexuais e o culto a um demônio desconhecido, que posteriormente foi denominado de Baphomet.

A partir daí iniciou-se a cruel perseguição contra a ordem do templo. E ela só acabou quando todos foram presos, torturados, condenados a fogueira e queimados no fogo da Santa Inquisição.

Uma das origens de Baphomet é uma denominação do fundador do Islã e ela se origina a partirdessa história entre ele e a ordem.

A teoria mais aceita é que os templários se familiarizaram com os ensinamentos de Muhammad e o misticismo árabe e por causa esses conhecimentos a Igreja Católica os acusaram de idolatrar esse demônio.

Baphomet e o cristianismo

A Igreja Católica, por medo de perder seu monopólio religioso, tornou a imagem de Baphomet, suposta entidade adorada pelos templários, como uma das facetas do demônio.

A imagem do mal no catolicismo levou as características de Baphomet. Em função disso, os chifres são o maior exemplo. Com isso se tornou o bode expiatório da Igreja para representar tudo que é contrário à sua doutrina.

Com essa visão foi criada a ideia de que tudo que envolve essa divindade é uma prática de magia negra, ocultismo e satanismo. E hoje em dia, essa é a visão mais difundida e aceita como verdade por grande parte dos adeptos do cristianismo.

Baphomet e a maçonaria

Já que Baphomet está relacionado ao ocultismo, ele se tornou um dos símbolos da maçonaria. E novamente por causa da influência da Igreja Católica, a prática foi tomada como uma um grande mal.

Diferentemente do que o catolicismo fala, a maçonaria é uma prática sem relações com o demônio, assim como a entidade de Baphomet.

A forma mais famosa do Baphomet foi feita por um ocultista chamado Eliphas Levi, onde ele representa a união dos opostos para a criação da luz astral ou iluminação. Todos os símbolos representados na imagem mostram o equilíbrio entre dois lados contrários.

A imagem do Baphomet de Levi é caracterizada por um ser com cabeça de chacal, com formas de touro e bode, e um par de chifres que representa sabedoria, virilidade e abundância. Isso corresponde aos três pilares da alquimia.

No meio de seus chifres há uma tocha que simboliza sabedoria divina e iluminação. O pentagrama na testa representa a proteção e a magia e ele é apresentado com a ponta voltada para cima e qualquer modificação não encarna a realidade correta.

No braço apontado para cima tem escrito “solve” que significa dissolver e no braço apontado para baixo tem “coagula” que significa unir. A posição deles indica a igualdade entre o que tem a cima e a baixo.

As escamas presentes no corpo indicam o domínio nas águas ou das emoções. Já as asas, o domínio do ar e as patas de bode o domínio sobre a terra.

Os seios além de mostrar o sexo feminino emblemam a maternidade e a fertilidade. E para a representação do sexo masculino em suas pernas tem um caduceu que também indica a energia ativa da sexualidade e virilidade.

Por fim, observam-se fatores extraordinários. O primeiro deles é que o tempo e as pessoas podem transformar ideias e conceitos. Tal fato foi pertinente na transformação conceitual de Baphomet. Ele nasceu como uma deidade livre e foi deturpado.

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