Caixa-preta é um substantivo feminino. O termo caixa vem do Latim capsa-, que significa o mesmo que “cofre”, enquanto preto vem do Latim appectoráre, que quer dizer “comprimir contra o peito”, transformando-se na palavra apretar e até tornar-se o termo atual – isso se deve ao fato de a cor preta dar a ideia de densidade, espessura, aperto.
O significado de Caixa-preta é uma referência a um equipamento existente em aviões e é, literalmente, uma caixa, porém de cor laranja e faixas fluorescentes (que refletem a luz), para proporcionar maior visibilidade em casos de acidentes e ocorra a necessidade de busca deste item seja no mar, em florestas ou mesmo no meio dos destroços do avião.
Conhecida também como caixa-negra, a caixa-preta pode ser encontrada até mesmo em certas locomotivas nos Estados Unidos e Europa. O dispositivo possui informações que são consideradas cruciais sobre o avião e sobre o voo, pois as conversas dos tripulantes da cabine e os dados da aeronave, como velocidade, aceleração, altitude e ajustes de potência, e outros pontos são gravados.
A caixa-preta possui um tamanho de cerca de 13 centímetros de altura, 22 centímetros de largura e 40 centímetros de comprimento e é construída com um material que resiste a altas temperaturas (até 1.100 °C). No mar, a caixa-preta suporta uma pressão de 20 mil pés (o que se converte em torno de 6 mil metros de profundidade).
Em sentido metafórico, caixa-preta é uma expressão utilizada para se referir a qualquer coisa que possui uma lógica de funcionamento inacessível a quem observa.
Uma pessoa caixa-preta, por exemplo, é um indivíduo egoísta, que está escondendo informações ou conhecimentos. Em situações do dia a dia, caixa-preta pode ser uma expressão usada para designar o que não está claro ou qualquer coisa que está envolta em mistérios.
Como funciona a caixa-preta:
A caixa-preta é composta por dois mecanismos de gravação:
- Que faz a gravação de áudio
- Outro que registra os dados da aeronave durante o seu voo.
O mecanismo que faz a gravação de áudio é chamado de cockpit voice recorder (CVR) e geralmente capta tudo através de três microfones (um do comandante, um do copiloto e outro que permanece em um painel na parte superior da cabine para abranger o som ambiente.
O outro mecanismo é conhecido como flight data recorder (FDR) e registra os parâmetros, como comentado anteriormente.
Os chips que contêm as informações são retirados caso aconteça algum acidente, onde eles podem ser lidos através de um computador que converte os parâmetros em gráficos. Em equipamentos mais modernos, o voo até pode ser recriado em 3D.
Vale frisar que a caixa-preta tem um posicionamento estratégico – fica na cauda da aeronave, pois esta, normalmente, é a última parte a sofrer o impacto da queda.
Por curiosidade, a caixa-preta foi desenvolvida por David Warren, engenheiro australiano.