Circuncisão é o nome da operação cirúrgica que retira o prepúcio, ou seja, é um procedimento que retira a pele que normalmente cobre a glande do pênis. A circuncisão pode ser realizada por motivos médicos e de higiene, mas geralmente é realizada por motivação religiosa, como no caso dos judeus.
Estimativas apontam que algo em torno de um terço da população masculina no planeta seja circuncisado. A circuncisão é bastante comum nos países de cultura mulçumana e em Israel, como um país judaico. A circuncisão também é uma prática comum em regiões do sudoeste asiático e em regiões da África, e aparece também em alguns outros países, como os Estados Unidos.
No entanto, na Europa e na América Latina, a circuncisão é uma prática bastante rara, assim como em regiões do sul da África e na maior parte da Ásia onde a prática praticamente inexiste.
Não se sabe com precisão qual é a origem da prática da circuncisão no mundo, entretanto, o documento mais antigo que faz referência a um procedimento de remoção do prepúcio tem a sua origem no Antigo Egito.
Circuncisão Feminina
A circuncisão feminina, também chamada de mutilação genital feminina, às vezes expressa pela sigla MGF, é a retirada completa ou parcial dos órgãos sexuais externos de uma mulher, criança ou adolescente do sexo feminino.
A circuncisão feminina é realizada de forma ritualística e tradicional em 27 países da África, assim como no Iémen e na parte iraquiana do Curdistão, sendo uma prática adotada também noutros lugares do Oriente Médio e da Ásia. Nestas culturas, vemos a prática sendo efetuada por um tradicional circuncisador, muitas vezes sem nenhum tipo de anestésico, efetuando o procedimento de forma precária, com uma lâmina que provoca muita dor. Essa circuncisão pode ser realizada tanto em recém-nascidas como em garotas na idade da puberdade.
A circuncisão feminina evidencia uma forte desigualdade de gênero nas culturas em que é praticada e se baseia na ideia de que a mulher não deve sentir prazer sexual para manter sua pureza e ser bem aceita na sociedade.
Em muitas dessas culturas, é comum vermos mesmo as mulheres incentivando e executando a circuncisão em outras mulheres, como uma prática com fortes raízes culturais. Para essas mulheres, a circuncisão é uma questão de honra, de modo que elas veem o procedimento como crucial para suas filhas e netas poderem ser bem vistas em suas sociedade.
Estima-se que existam cerca de 130 milhões de pessoas entre mulheres e crianças que foram vítimas da circuncisão ou da mutilação genital feminina nos últimos anos, e entre os países onde a prática é mais comum temos Djibuti, Somália, Eritreia e Sudão.
Circuncisão na Bíblia
No Velho Testamento da Bíblia, a circuncisão é tratada como uma prática muito importante, fundamental pra distinguir e consagrar o fiel a Deus. No Livro, vemos a circuncisão fazer parte dos preceitos da Lei de Moisés, um ato que de acordo com as escrituras deve ser praticado no 8º dia após o nascimento do menino.
O costume da circuncisão tal qual é proscrito na Bíblia foi mantido entre os judeus, sendo que inclusive Jesus foi circuncisado no oitavo dia depois do seu nascimento. Na idade média, surgiram histórias sobre a existência do prepúcio de Jesus, e algumas igrejas reivindicaram estar em posse do original, que ficou conhecido como prepúcio sagrado.
Contudo, por influencia da cultura grega e para se distanciar do judaísmo, os primeiros cristãos foram abandonando a prática e anos mais tarde a Igreja Católica estipulou que a circuncisão não é uma prática que os cristãos devam executar.
Circuncisão e Fimose
Na área médica, podemos encontrar a circuncisão como uma prática que visa remover o prepúcio do individuo possuidor da fimose. A fimose é como é chamado o prepúcio que cobre a glande de tal forma que está não consegue ficar exposta, é como se o prepúcio fosse maior do que deveria. A fimose não atrapalha a urina ou provoca dor, mas por questões de higiene e para se ter um prazer sexual normal, recomenda-se que se faça a cirurgia da circuncisão.