Confucionismo

Confucionismo é um substantivo masculino. O termo vem do Mandarim k’ung fu-tzu, que significa “Kung, o Filósofo ou Mestre”.

O que é Confucionismo:

O significado de Confucionismo remete a um sistema ético, religioso e filosófico chinês. Também considerado uma doutrina – e não uma religião –, o Confucionismo foi criado pelo pensador chinês Confúcio (Kung Fu-Tzu), ainda no século VI a. C., sendo a doutrina oficial da China durante cerca de dois mil anos, durando até o começo do século XX.

O Confucionismo tem, além dos pensamentos filosóficos, ideias políticas, pedagógicas, morais e religiosas.

Comparando-o com qualquer corrente religiosa ocidental, o Confucionismo pode ser caracterizado como uma doutrina dogmática, pois baseia-se nas antigas tradições chinesas e, ao mesmo tempo, inovadores em termos de racionalismo.

O Confucionismo se constitui, portanto, como um conjunto de ensinamentos relacionados à ética social, além de estabelecer em conjunto um tratado sobre ideologia política, que abrange que todo ser humano tem inteligência suficiente e necessária para alterar meios e os fins de sua existência transformando as condições arbitrárias que surgem na vida.

O Confucionismo causou um impacto profundo na estrutura social da China – e também do próprio continente asiático –, pois prega valores importantes, entre os quais destacam-se:

  • Consciência política,
  • Disciplina,
  • Ordem,
  • Respeito aos valores morais,
  • Trabalho,
  • Valorização do estudo enquanto esta é formação intelectual.

Os atributos do Confucionismo são: a humanidade, justiça, conhecimento, rituais, integridade, continência, piedade filial, bondade, perdão, honestidade, bravura, amabilidade, gentileza, respeito, juízo, senso de certo e errado, discrição, modéstia e frugalidade.

Assim como o Taoísmo, o Confucionismo acredita no Tao, sendo esta a principal ideia desta filosofia. Tao seria o caminho superior, aquele caminho que todas as pessoas procuram na vida, aquele que oferece uma vida equilibrada e boa. É o equilíbrio entre o homem e a natureza, entre a vida material e a espiritual.

Para o Confucionismo, a família é a base social. Sendo assim, os governantes são vistos como os “pais do povo”, enquanto que os indivíduos são seus filhos e não somente súditos. Os cidadãos são obedientes e humildes e respeitam a autoridade política.

O pilar central do Confucionismo é a humanidade. De acordo com este sistema, todos os seres humanos são naturalmente bons – a educação seria o fator primordial que determina a condição humana.

Confúcio era um pensador, considerado um guia ou mestre espiritual. Por isso, ele não pode ser chamado de profeta ou de Deus, muito menos de sacerdote. Ele somente foi um filósofo que teve como tarefa orientar seus seguidores através do caminho da harmonia.  O mesmo se dá, por exemplo, com o Budismo e com a figura do Buda – mestre que guia seus seguidores par ao caminho da iluminação.

Confúcio nasceu em berço pobre, porém nobre. Quando jovem, era professor e acabou ganhando uma grande reputação, tendo a chance de abrir sua primeira escola logo aos 22 anos de idade. Com sua sabedoria e popularidade, Confúcio acabou conquistando cargos governamentais, alcançando a função de Ministro do Estado de Lu, sua província natal, conhecida hoje como Shan-tung.

Conforme os mandamentos de Confúcio, um ser humano precisa possuir cinco virtudes fundamentais:

  1. Amar ao próximo,
  2. Ser justo,
  3. Comportar-se de maneira adequada,
  4. Conscientizar-se da vontade do céu,
  5. Cultivar a sabedoria e a sinceridade desinteressadas.

Para Confúcio, todo ser humano pode melhorar de vida, pois tem em mãos as ferramentas para tal propósito, além destas virtudes, não necessitando de qualquer ser superior para obter a paz interior.

Embora o Confucionismo não tenha um livro sagrado, pode-se entender sobre este sistema filosófico através do Livro das Mutações (o I-Ching), também chamado de oráculo chinês. I-Ching é um texto clássico que ou é estudado como um oráculo ou também como um livro de sabedoria – a obra é muito estudada na China por pessoas religiosas, eruditas e até mesmo praticantes da vida taoísta.

De todo modo, o I-Ching é visto como uma forma de conhecer como os chineses compreendiam e eram capazes de explanar sobre os acontecimentos diários. Atualmente, a obra visa esclarecer alguns princípios de suas próprias condutas.

Acredita-se que fora da China existam mais de 6 milhões de adeptos do Confucionismo, principalmente em outros países asiáticos, como no caso do Japão, Coreia do Sul e Singapura.

Rituais do Confucionismo

No Confucionismo, cultos podem ser prestados para os antepassados em forma de veneração e oferendas. Esse ato pode ser feito tanto em templos como em altares domésticos.

Os ritos mais significativos do Confucionismo são os da vida familiar, como o casamento, pois se constitui como a criação de uma nova família, e o funeral, pois faz uma reverência aos ancestrais.

No lado ocidental, o Feng Shui se tornou altamente popular. A técnica do Confucionismo que que define como construir e como arrumar as casas conforme a energia de vida da Terra promoveu adeptos de vários países – o objetivo do Feng Shui é fazer com que a saúde, a harmonia, a paz, a prosperidade e a felicidade dos ocupantes daquele determinado lugar fluam e sejam garantidas.

Origem do Confucionismo

Como dito anteriormente, foi Confúcio o fundador do Confucionismo – doutrina que iniciou-se no século II, em especial tratando-se da influência dentro da sociedade chinesa e durando até o início do século XX.

A limitação do Confucionismo ficou ainda maior quando houve o advento do Partido Comunista ao poder, no ano de 1949. Suas ideologias não eram compatíveis.

Independentemente disso, a origem do Confucionismo veio de um rapaz pobre que tinha como objetivo auxiliar as outras pessoas a terem um modelo de comportamento e encontrar as respostas para seus anseios.

Símbolos do Confucionismo

O Confucionismo não apresenta símbolos oficiais, contudo é o ideograma da água é uma simbologia muito utilizada. Na filosofia chinesa, este ideograma representa a “fonte da vida”.

Um símbolo que o Confucionismo pegou emprestado do Taoísmo é o yin e yang. Este tem a representatividade chinesa do macro e microcosmos – as duas energias que regem o mundo, yin e yang. São energias opostas que se complementam, é a ordem e o caos, é o bem e o mal, é o frio e o calor, é o feminino e o masculino. Porém, no Confucionismo, o yin e yang está envolto por uma figura geométrica cheia de traços.

Este é o chamado Tai Chi. De acordo com a filosofia milenar, cada face da figura geométrica determina uma área da vida da pessoa a ser transformada.

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