Conhecimento tácito é o modelo subjetivo e individual de conhecimento que cada pessoa obtém ao longo de sua vida por meio de experiências e vivências que são únicas e possibilitam criar um modo de observar e compreender os fatos e pessoas.
Nem sempre esses mesmos conhecimentos adquiridos são transmitidos de forma fácil como se procede com outros tipos, os quais são repassados através de recursos e ferramentas didáticas.
Como a palavra tácito é de origem latina “tacitus”, a mesma possui, como significado, “silencioso” ou então “não expresso em palavras”. Por esta questão etimológica, compreende-se que o conhecimento tácito é difícil de ser explicado, embora o seu aprendizado ofereça uma assimilação rápida e fácil.
Todavia, qualquer aprendizado que se pode obter como exemplo de conhecimento tácito (andar de bicicleta, aprender a andar, entre outros) é dado por meio de uma qualidade ou habilidade, cuja transmissão à outra pessoa é realizada através de demonstrações ou do convívio, ou seja, é apresentado como tal sem precisar dizer muito sobre ele ou exigir normas ou instruções didáticas.
Assim sendo, um indivíduo pode obter o aprendizado de alguma coisa por meio de duas vias, as quais são subdivisões do conhecimento tácito, a saber: técnico e cognitivo.
O modelo técnico é aquele onde as habilidades são desenvolvidas pelo modo como o conhecimento é assimilado. Já o modelo cognitivo é o modo subjetivo como internamente algo é compreendido e, consequentemente, vivenciado.
Deste modo, por estar ligado a partes internas de cada pessoa, cujas percepções são desenvolvidas ao longo do tempo pelas suas crenças, filosofias e ideologias não é simplesmente permitido ter uma explicação objetiva e prática como outros saberes são transmitidos.
Conhecimento tácito e explícito
O conhecimento tácito é um objeto de reflexão e estudo para diversas áreas. Na filosofia, por exemplo, o pensador Michael Polanyi (1891-1976) o considerou como um conhecimento intuitivo e espontâneo e, desta forma, como não é possível transmiti-lo de forma objetiva, um indivíduo deve empreender certo esforço para ir de encontro a outra pessoa para buscar o entendimento sobre o seu próprio processo do conhecimento.
Por ser difícil o seu compartilhamento, o conhecimento tácito ganha maior valorização em relação aos demais modelos uma vez que, sua captura e divulgação é uma tarefa por demais árdua.
Já o conhecimento explícito, por sua vez, é aquele considerado objetivo, prático e acessível. Pela facilidade de formalização, o mesmo é passível de sistematização já que o termo explícito é oriundo do latim “explicitus”, o qual é particípio passado de “explicare” que significa “declarado, explicado”.
Para isso, são empregados desenhos, mapas, escritos e demais modelos de transmissão. Contudo, embora o conhecimento tácito e o explícito sejam considerados opostos, na verdade, se relacionam e se complementam.