Coxinha é um famoso salgadinho brasileiro feito, principalmente, com massa de batata e frango desfiado e de fácil comercialização em padarias, lanchonetes e outros comércios alimentícios.
Ainda que seja gostosa e barata, a coxinha ganhou recentemente um novo significado com sentido depreciativo para descrever a pessoa que possui tendências conservadoras tanto na política quanto na moral.
O termo coxinha é uma gíria muito comum em São Paulo e que, através das Redes Sociais (após os manifestos de junho de 2013), passou a ser utilizada por várias pessoas em diferentes estados e regiões brasileiras. Entretanto, a origem da gíria se reporta a década de 1980 quando era rotineiro ver policiais comendo coxinha nos estabelecimentos comerciais.
Logo, começaram a associar os policiais e o ato de comer o salgado barato uma vez que, eles recebiam salários baixos. Assim, era comum chama-los de coxinhas e não demorou muito para que o apelido se tornasse uma gíria para se referir a toda e qualquer pessoa que se preocupasse com a segurança.
Deste modo, qualquer indivíduo conservador passou a ser reconhecido como coxinha já que o termo passou a ser sinônimo de pessoa preocupada com a segurança, embora o assunto fosse tratado somente por pessoas de alta sociedade como os ricos. Estes também passaram a ser chamados de coxinhas em seu sentido pejorativo, ou seja, virou também sinônimo para a palavra burguês.
No sentido político, a palavra coxinha passou a ser utilizada de forma bastante jocosa após a polarização de ideologias entre partidos da direita e da esquerda. Estes foram logo chamados de coxinhas como representantes dos princípios do capitalismo e que possuem a ideia de livre mercado.
Em outras palavras, coxinha começou a ser empregada para se referir diretamente as pessoas que tem comportamento político de direita. Cabiam ainda representações como mauricinho ou então pessoa arrumadinha e até certinha para aqueles que são preocupados com o status social, sua aparência e procuram sempre apresentar uma postura politicamente correta.
Desta forma, esse aspecto “mais engomado” também se reflete na linguagem com algumas formas ou termos específicos a serem falados como, por exemplo, “doleta” para se referir a dólar ou “premium” para descrever algo muito bom e importante para si ou outra pessoa.