Cravo, com o nome científico de Dianthus caryophyllus, é a flor do craveiro, pertencente ao gênero Dianthus e também à família Caryophyllaceae. Essa é uma planta que pode atingir a altura de até um metro.
Atualmente, existem mais de 300 variações de espécies de craveiros, sendo sua maioria surgida de manipulação genética feita pelo homem.
Originária do sul da Europa, o cravo é uma flor de fácil cultivo e que também possui um aroma muito suave, sendo a flor ideal para a fabricação de perfumes.
O cultivo do cravo deve acontecer numa terra rica em argila, preferencialmente com um pouco de estrume, areia e adubo vegetal.
A flor de cravo é usada tradicionalmente na lapela de noivos e padrinhos em casamentos tradicionais. Como a rosa é uma flor conectada às mulheres, criou-se assim a tradicional cantiga popular:
“O cravo brigou com a rosa,
Debaixo de uma sacada,
O cravo saiu ferido,
E a rosa despedaçada”.
Essa música relata, metaforicamente, um desentendimento amoroso.
A utilização de cravos em cerimônias veio da Grécia antiga, onde a flor era utilizada no formato de coroas.
Já na era do Renascimento, o significado de cravo se tornou um símbolo de fidelidade matrimonial.
O cravo pode se apresentar nas cores rosa, branca, amarela, vermelha ou ainda roxa. Cada cor de cravo possui uma simbologia própria, confira:
O termo cravo, ainda pode ser utilizado para descrever uma concentração de gordura no corpo humano, que vai obstruir poros da nossa pele e se tornar escurecido na superfície por causa do acúmulo de pó. Normalmente, o cravo no corpo é formado por um excesso de secreção sebácea e, se infectado, pode gerar a espinha.
O cravo, por ser uma flor cultivada desde a Antiguidade, adquiriu um valor simbólico muito forte em várias culturas.
Em Portugal, por exemplo, o cravo vermelho tornou-se o símbolo de uma das maiores revoluções do país: a Revolução dos Cravos, no dia 25 de abril de 1974, ficou conhecida como o Dia da Liberdade. Quando os portugueses puseram fim à ditadura de Salazar. Já nos Estados Unidos, Anna Jarvis (a fundadora do Dia das Mães) usou o cravo rosa como o símbolo das mães vivas, com o cravo branco sendo o símbolo das mães já falecidas.
No Brasil, o romance Gabriela, Cravo e Canela se tornou extremamente popular após a sua publicação em 1958. De autoria de Jorge Amado, a trama do livro se passa na cidade de Ilhéus, com uma agitada vida noturna fomentada por bordéis e bares.
O romance foi adaptado para a televisão e para o cinema várias vezes.
O Syzygium aromaticum, também conhecido popularmente como cravinho e cravo-da-índia, é uma árvore da Indonésia (mais precisamente das Ilhas Molucas), mas também cultivado em Granada (Espanha) e na ilha de Madagascar.
Durante a época dos Descobrimentos, tornou-se uma das especiarias mais procuradas pelos europeus. Sem demora, o cravo-da-índia logo passou a ser uma das commodities mais rentáveis da época. O botão da sua flor é seco e depois pulverizado para ser utilizado na culinária e na fabricação de medicamentos, como na odontologia – já que seu óleo possui importantes propriedades antissépticas.
Por fim, cravo ainda pode ser o nome de um instrumento musical de cordas e teclado originário da Alemanha. Seu nome germânico, Flügel, vem devido ao seu formato de pássaro.
O cravo foi usado com muita popularidade como instrumento solista em orquestras entre os séculos XVI e XVIII. Depois de 1750, o cravo foi substituído pelo instrumento conhecido como forte-piano.
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