Crônica é uma palavra proveniente do grego “chronos”, que significa “tempo”.
No início do cristianismo, ainda no Império Romano, o termo crônica (que se escrevia chronica) referia-se ao relato de acontecimentos descritos em ordem de tempo, ou seja, em ordem cronológica. Assim, era o registro cronológico de eventos reais.
A partir do século XIX, a crônica passou a ser parte integrante dos jornais, tendo surgido pela primeira vez em 1799, no Journal des Débats, um periódico parisiense, apresentando-se como uma narração curta, possuindo uma finalidade de utilidade pública e com a predeterminação de agradar os leitores, mantendo sempre o mesmo espaço e a mesma localização, buscando com isso criar familiaridade entre o escritor e os leitores.
A crônica, na literatura, apresenta-se como uma narrativa histórica, expondo fatos através de sua correta ordem cronológica, servindo de título a romances ou séries de histórias, onde são relatados os fatos de uma família ou de um povo.
No jornalismo, crônica é ainda o texto curto, com pouca narração, sempre escrita pelo menos autor e publicada costumeiramente numa seção específica de um jornal ou revista, relatando fatos do cotidiano ou assuntos relacionados à arte, aos esportes, à ciência, à literatura ou a espetáculos e cinema.
Para os cronistas jornalísticos, as crônicas devem descrever os fatos de acordo com a visão crítica do autor e dos próprios fatos, em grande parte através de frases dirigidas ao leitor, criando um diálogo com ele. As crônicas, de acordo com seu conteúdo, podem ser jornalísticas, humorísticas, descritivas, dissertativas ou poéticas e líricas.
Para os escritores que se dedicam à literatura de romances, relatando acontecimentos de maneira cronológica, o romance tem um caráter linear, acompanhando o desenrolar da vida dos personagens, como por exemplo, “Crônica de um Amor Louco”, de Charles Bukowski; ou “Crônica de uma Morte Anunciada”, de Gabriel Garcia Márquez.
Atualmente também podemos encontrar a crônica argumentativa, um tipo moderno de crônica em que o cronista apresenta o seu ponto de vista sobre um problema social. Neste tipo de crônica, o escritor utiliza a ironia e o sarcasmo como instrumento para colocar sua opinião sobre qualquer assunto, abordando-o de maneira crítica.
Com a crônica humorística, o escritor escreve o texto através de uma visão irônica e bem humorada dos eventos. A literatura brasileira é pródiga em cronistas humorísticos, que sempre se destacaram ou se destacam pelas críticas apresentadas, como Fernando Sabino, Millôr Fernandes e Luís Fernando Veríssimo, entre outros. Na atualidade ainda podemos citar como cronistas humorísticos Arnaldo Jabor, Rubem Braga e Martha Medeiros.
A palavra crônica ainda pode ser usada em medicina, quando nos referimos a doenças crônicas, considerando aquelas que podem acompanhar o paciente em toda sua vida, ou seja, doenças que, embora tratáveis, são incuráveis.
O original inglês “A Song of Ice and Fire”, do escritor norte-americano George R. R. Martin, que apresenta numa série de livros de gênero fantasia épica. A história deu origem a um seriado que ficou famoso com o nome de “A Guerra dos Tronos”, tendo os livros a tradução “As Crônicas de Gelo e Fogo”.
A série é composta por sete livros:
Também do original de língua inglesa, o escritor britânico Bernard Corwell, famoso pelos seus livros “As Aventuras de Sharpe”, “A Busca do Graal” e “As Crônicas de Artur”, escreveu “The Saxon Stories”, que gerou a tradução “Crônicas Saxônicas” em língua portuguesa.
Das “Crônicas Saxônicas”, 9 volumes já foram lançados:
O título original inglês “The Chronicles of Narnia”, escrito pelo autor britânico C.S. Lewis, gerou a tradução “As Crônicas de Nárnia”, em sete livros de fantasia, abordando temas cristãos e contendo elementos de mitologia grega e nórdica.
Os três primeiros livros já foram adaptados para o cinema. Os 7 livros da série são compostos por:
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