DIT é a sigla para Divisão Internacional do Trabalho, um índice que mostra a especialização produtiva dos países e das regiões nas trocas comerciais, entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, em que os primeiros exportam tecnologia e os segundos, matérias primas.
A DIT expressa a maneira como é feita a distribuição da produção em nível global entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos (estes, atualmente, denominados países em desenvolvimento, atendendo a ideia de politicamente correto).
A DIT expressa a especialização dos países em sua produção mais vocacional, podendo ser produtos finais, destinados ao consumo, ou produtos intermediários, que serão utilizados na continuidade de outro processo produtivo.
A DIT é um indicativo necessário para o mundo globalizado, uma vez que um país não tem capacidade ou condições de produzir em seus limites tudo aquilo que seus habitantes precisam.
Um dos pontos essenciais da DIT é exatamente com referência a essa condição, mostrando o relacionamento entre os países mais ou menos industrializados, uma vez que países menos desenvolvidos sempre proporcionam benefícios aos mais desenvolvidos, possuindo menos custos, com mão de obra barata e impostos reduzidos, entre outros.
A DIT teve uma evolução natural desde a época da colonização, acompanhando as estratégias aplicadas para aumentar os lucros, possibilitando, ao longo do tempo, a redução do custo final de um produto.
Diversos autores são críticos ferozes da divisão fomentada pela DIT, afirmando que criou-se uma situação de desigualdade entre países, já que os países que mantém-se em situação econômica mais estável e favorável, na maior parte das vezes compram tecnologias a preços bastante elevados, que não criam qualquer efeito no preço final dos produtos, impossibilitando países menos estáveis economicamente de comprarem essa tecnologia, o que reprime o desenvolvimento e faz com que os países mais fortes na área econômica tornam-se ainda mais fortes.
A Divisão Internacional do Trabalho teve início na época da colonização, tendo sido dividida em três fases pelos historiadores:
A primeira fase da DIT é caracterizada pelo capitalismo comercial, atividade desenvolvida nos séculos XV e XVI, quando os países colonialistas apropriavam-se dos minerais, especiarias e mão de obra escrava de suas colônias, levando para a metrópole, que era responsável pela produção e que devolvia os produtos a preços bem mais caros.
A segunda fase da DIT ocorreu no período entre os séculos XVII e XIX, tendo sido marcada pelo capitalismo industrial. Nessa fase, as antigas colônias, ou países subdesenvolvidos, continuaram fornecendo a matéria prima, além de produtos agrícolas, e os países desenvolvidas promoviam a industrialização da matéria prima fornecida, comercializando-a com os países que a forneceram.
A terceira fase da DIT é considerada como a era do capitalismo financeiro, vinda desde o século XIX e alcançando nossos dias, impondo que os países em desenvolvimento forneçam matéria prima e produtos industrializados aos países mais ricos, que, por sua vez, ocupam-se principalmente de investimentos, desenvolvimento de novas tecnologias e de novos produtos industrializados para oferece-los aos países em desenvolvimento a preços que ainda sangram a economia desses países.
A DIT, no entanto, deve ser considerada como um processo dinâmico, que acompanha os interesses do comércio global, sofrendo as alterações e tomando novos rumos ao longo do tempo através de seu reconhecimento do contexto econômico e industrial globalizado.
Em suas origens, a DIT clássica apresentava-se como solução para um comércio que estava começando a expandir-se pelo mundo, quando os países subdesenvolvidos forneciam apenas matéria prima para que os países desenvolvidos produzissem os bens, retornando-os aos países de origem e obtendo lucro com sua transformação.
A nova DIT, que acompanhou a evolução e a globalização, também conhecida como DIT da nova ordem mundial, estabelece um novo cenário, onde os países em desenvolvimento, além de fornecerem a matéria prima, também fazem a produção dessas matérias primas para atender a demanda mundial, num processo em que a produção se torna mais cara e mais agressiva ao meio ambiente, sendo, portanto, menos sustentável, vendendo esses produtos aos países desenvolvidos.
Os países desenvolvidos, além de comprar os produtos, também investem nos países em desenvolvimento, com capital e tecnologia que possa auxiliar no processo de produção.
A nova DIT é a fase que vivemos atualmente, possuindo um nível de complexidade muito maior do que na época colonial, uma vez que o fluxo de investimento e de produção ocorre praticamente em todo o mundo.
Sensacionalismo é um tipo de viés editorial, presente essencialmente na mídia em massa, no qual…
Ansiedade é um estado psíquico marcado por um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão,…
Cleptomaníaco é o indivíduo que sofre de cleptomania, ou seja, é incapaz de resistir à…
Imunidade parlamentar é a expressão empregada para se referir ao agrupamento de garantias oferecidas aos…
Este site utiliza cookies.