Efeito borboleta é um termo que se refere a um dos aspectos mais marcantes dos sistemas caóticos, que seria a sensibilidade nas condições iniciais.
Essa explicação está presente na Teoria do Caos, analisado e descrito pela primeira vez pelo meteorologista, filósofo e matemático Edward Lorenz em 1963, que estudava as equações relativas sobre as transformações do clima.
Para entender o termo, pode-se pegar o clássico exemplo do bater das asas de uma borboleta. Mesmo que a ação seja simples, o efeito borboleta índica que ela pode provocar uma reação em cadeia, que poderia influenciar o curso natural das coisas, criando, possivelmente, um tufão do outro lado do mundo.
Embora o efeito borboleta esteja ligado a Teoria do Caos, ele pode ser observado em vários ramos da ciência, como é o caso das ciências exatas (como a engenharia e física), ciências humanas (psicologia e sociologia, por exemplo), biologia, zoologia, entre outros.
Como no caso da meteorologia, a atividade de prever o tempo solicita um trabalho que aborda variadas margens de erro, que – grande parte – estão associadas a pequenos eventos que podem causar consequências maiores.
Um caso para esse exemplo é o que ocorreu em 19 de fevereiro de 1998, quando houve o diagnóstico de uma formação de tempestade tropical que ocorreria em Louisiana em três dias (ou seja, em 22 de fevereiro daquele ano). Outro meteorologista, da mesma agência, descobriu que havia uma pequena diferença nas medições estabelecidas, afirmando que estas poderiam causar uma mínima variação no deslocamento das massas de ar.
Com esses novos dados sendo inseridos novamente no computador, mostraram que não haveria uma tempestade tropical em Louisiana, e sim uma formação de um tornado gigantesco na Flórida, mais especificamente em Orlando.
O fim da história? O tornado realmente aconteceu em 22 de fevereiro de 1998.
Filme Efeito Borboleta
Graças ao filme lançado em 2004, chamado The Butterfly Effect(em português, O Efeito Borboleta), o termo ficou muito popular.
O filme de suspense misturado com ficção científica teve inspiração na expressão proveniente da Teoria do Caos, criando um enredo que aborda um jovem (protagonista interpretado por Ashton Kutcher) que possui a habilidade sobrenatural de, usando suas memórias, voltar ao passado e realizar alterações para que haja novos rumos tanto em sua vida como a das pessoas ao seu redor.
O sucesso do filme foi tão grande que houve duas continuações (Efeito Borboleta 2, em 2006, e Efeito Borboleta 3, em 2009), mas não conseguiram alcançar a popularidade do primeiro.