Epifania é uma palavra oriunda do termo grego “epiphaneia” ou do latim “epiphania” e significa aparição, manifestação. Ela é muito conhecida e usada no meio religioso, principalmente pela Igreja Católica, onde assume o sentido de manifestação ou aparição divina.
A palavra epifania remete a pensamentos iluminados, tanto que os ingleses tem uma expressão para explicar essa sensação de trazer para o consciente aquilo que estava escondido, por assim dizer. Eles utilizam a expressão “I justhadanepiphany”, “Eu tive uma epifania” no sentido de terdescoberto algo indescritível, sobrenatural, ter uma inspiração proveniente do divino.
No contexto religioso, a palavra epifania assume um sentimento de graça, de êxtase por estar diante da presença e manifestação do Senhor. O dia de Reis, por exemplo, é um momento que relembra a visita dos três Reis Magos que vieram do Oriente para adoração e Epifania do Senhor. Ou seja, representa o nascimento de Jesus Cristo, filho de Deus, que veio ao mundo para salvar a humanidade de seus pecados.
A Epifania do Senhor é comemorada pela Igreja Católica sempre no segundo domingo após o Natal. Mas, segundo relatos a festa da Epifania, Teofania, também era celebrada no Oriente por volta do Século IV.
Além da Epifania do Senhor, os católicos também têm em seu calendário litúrgico a Epifania a João Batista, no Rio Jordão e principalmente a Epifania do Milagre de Caná, quando Jesus se declara ao povo como salvador e filho de Deus, fazendo pregações, realizando seu primeiro milagre e proclamando seus doze apóstolos.
Epifania da Literatura
O termo epifania também é empregado na literatura para denominar um “insight” que o leitor tem diante de uma obra literária. É quando o leitor consegue capitar a essência daquilo que o autor gostaria que ele percebesse. É como se houvesse uma revelação e o leitor começa a enxergar aquilo que só o autor estava vendo.
Epifania em sentido filosófico pode ser denominado como um sentimento de grande satisfação por conseguir compreender o verdadeiro sentido das coisas. É uma sensação de como se tivesse recebido uma revelação proveniente de Deus. Um sentimento profundo de compreensão, inspiração e iluminação sobre algo.
É um pensamento único e indescritível, como se tivesse vindo do fundo da alma, algo realmente divino.
Muitos místicos, filósofos, religiosos e cientistas relatam momentos como esses. Como exemplo, podemos citar Buda, Maomé, Moisés entre várias outras pessoas, mesmo comuns, que relatam ter passado por momentos epifânicos.