Epistemologia é um substantivo feminino, que em como origem as palavras gregas epistemee logos, que significam, respectivamente, “conhecimento científico” ou “ciência”, e “discurso” ou “estudo”.
O termo Epistemologia tem como significado ciência, conhecimento. É o estudo que aborda e investiga problemas associados a crença e o conhecimento, de modo a entender suas naturezas e limitações do saber científico.
O termo epistemologia é também chamado de Teoria do Conhecimento (especialmente pelos alemães e italianos) e Filosofia da Ciência (pelas últimas décadas).
A Epistemologia é uma das áreas da filosofia mais importantes, pois trabalha em compreender a possibilidade do conhecimento. Isso quer dizer que estuda-se a possibilidade do ser humano alcançar o total conhecimento. É descrita também como uma ciência que examina a maneira como precisa-se tratar um problema proveniente de um pressuposto filosófico específico (dentro do Idealismo).
A questão de descobrir a existência das coisas está relacionada com a origem da epistemologia. Para Descartes, por exemplo, o conhecimento era a representação da ideia –esta sendo uma entidade mental que está somente dentro da consciência do indivíduo que a cria.
Platão, por exemplo, via a epistemologia como a teoria de que o conhecimento é o conjunto de informações que descrevem e procuram explicar o mundo natural e social em que estamos vivendo. Para ele, o conhecimento era considerado uma crença justificada e exata, tendo a crença como um ponto de vista subjetivo.
A epistemologia, desse modo, é a ciência que tem como objetivo comprovar o conhecimento – de modo que se ache evidências que o conhecimento existe fora da consciência da pessoa, para que ele seja enxergado como uma crença.
A epistemologia ocasiona duas colocações:
- Empirista: onde o conhecimento é alcançado através experiência – no que foi aprendido durante a vida,
- Racionalista: onde o conhecimento se encontra na razão, e não na experiência.
Vê-se estas duas posições como o maior problema da Epistemologia: a relação entre quem conhece e o que é conhecível, pois cada corrente filosófica fornece maior ênfase ou ao sujeito ou ao objeto. No caso do empirismo e racionalismo, o empirismo dá muito mais importância ao objeto, enquanto que o racionalismo dá ênfase ao sujeito.
De todo modo, a epistemologia tem como meta estudar a natureza e outras propriedades específicas dessa relação entre objeto e sujeito e suas particularidades.
Epistemologia genética
A teoria da epistemologia genética foi criada por Jean Piaget, famoso psicológico e filósofo, que consistia em unir duas teorias que tratavam da origem do conhecimento: o apriorismo e o empirismo.
Aqueles que acreditam no empirismo veem o conhecimento sendo atingido através das experiências de vida. Já aqueles que acreditam no apriorismo veem o conhecimento como algo que já está presente dentro do ser humano, desde o seu nascer, ou seja, é algo inato.
Para Piaget, o conhecimento é produzido pela interação do indivíduo com o seu meio. Piaget uniu as duas teorias afirmando que: o conhecimento é uma combinação do que já nasce com o indivíduo com aquilo que ele aprende com seu meio, com seus sentidos.
Epistemologia jurídica
A área do Direito utiliza a epistemologia para comprovar a origem dos conceitos que ela se baseia. A epistemologia jurídica está associada com a reflexão, procurando entender – em várias formas – qual é a origem do Direito.
Para a epistemologia jurídica, todo indivíduo tem uma forma distinta de pensar e agir (ele é um ser único). Sendo assim, o próprio Direito pode ter várias interpretações – conforme o entendimento e reflexão de cada indivíduo.
Epistemologia convergente
A epistemologia convergente foi desenvolvida pelo psicopedagogo Jorge Visca, que busca compreender de forma mais vasta os mecanismos de aprendizagem do indivíduo.
O nome epistemologia convergente vem da influência de três campos: a Psicanálise, a Psicogenética e a Psicologia Social.