Estruturalismo é um substantivo masculino.
O significado de Estruturalismo designa uma abordagem de pensamento que está compartilhada em diversas áreas, entre as quais destacam-se a Psicologia, a Filosofia, a Antropologia, a Sociologia e a Linguística.
O estruturalismo é um termo que abrange diversas correntes de pensamento fundamentadas na ideia de que os fenômenos e fatos culturais podem ser avaliados como estruturas, ou seja, é uma teoria que vê a sociedade e sua cultura formadas por estruturas que são utilizadas como bases para variados fatores, como, por exemplo, comportamento, língua, costumes, economia, entre outros.
O método estruturalista, portanto, é todo o método que tem como objeto de estudo a realidade social de elementos que se inter-relacionam, com base na construção de modelos de estruturas e suas relações.
O que acontece: essas estruturas são sistemas abstratos onde seus elementos são interdependentes, isto é, não são isolados e dependem entre si. Uma estrutura, sendo um sistema abstrato, irá observar os fatos, relacionar as diferenças e descrever em sua ordenação e dinamismo. O estruturalismo contraria o empirismo, pois este vê a realidade como uma construção de fatos isolados, enquanto o estruturalismo acredita na existência de partes de um todo maior.
Na Antropologia, o estruturalismo seria o método de interpretação de fatos e relações sociais como elementos de estruturas lógicas e inconscientes, que podem servir de troca a partir da base de modelos conceituais, servindo isso para compreender o conjunto da sociedade. No âmbito da Antropologia cultural, o estruturalismo se transforma no método de estudo dos padrões, fundamentos e da incidência das manifestações ocasionadas das ideias, comportamentos, símbolos, etc., em uma sociedade.
Na Psicologia, o estruturalismo se conceitua como a ciência da consciência ou da mente, dando a entender que a mente é a soma dos processos mentais. Nesse caso, a Psicologia teria como objetivo descobrir quais seriam os elementos mentais, o conteúdo e a maneira pela qual se estrutura (seria, em relação ao objeto, a busca pelo “o que é?”, “como?” e “por que?”).
O estruturalismo teve seu surgimento no século XX, a partir do linguista suíço Ferdinand de Saussure, em sua obra póstuma chamada “Curso de Linguística Geral”, onde fornece bases teóricas para as ciências da Linguística Estrutural e Semiologia (ciência dos signos).
O método estruturalista surgiu em várias outras áreas durante os anos 60 e 70, tais como o cinema, os estudos culturais, a publicidade e a crítica literária. São exemplos de nomes: Jacques Lacan, Foucault, Roland Barthes e Louis Althusser.
O estruturalismo e o funcionalismo são termos opostos, podendo ser encontrados tanto na área da Psicologia, como na Antropologia e na Sociologia.
A teoria estruturalista, dentro da Psicologia, foi desenvolvida pelo alemão Wilhelm Wundt, considerando-se como o estudo das estruturas da mente como forma de compreensão e tratamento do comportamento do ser humano. O funcionalismo, contrariamente, procuravam estudar as funções desempenhadas pela mente, de forma a orientar o comportamento – era estudar o propósito ou a função da consciência e seus processos mentais básicos.
Ou seja, enquanto que o estruturalismo procurava determinar o que era a consciência, o funcionalismo queria indicar para que servia a consciência. O funcionalismo tinha como maior estudioso John Dewey e tomava influência no darwinismo, ao tratar da evolução e adaptação do ser humano.
Na Sociologia e na Antropologia, o funcionalismo seria a visão de que a função social dos acontecimentos tem mais influência do que a estrutura no comportamento em sociedade. Isso quer dizer que, enquanto que no estruturalismo o sistema seria o condicionante, no funcionalismo são os fatos.
Dois nomes bem conhecidos no funcionalismo no âmbito das Ciências Sociais são Émile Durkheim e Bronislaw Malinowski.
O pós-estruturalismo surgiu como uma corrente de pensamento por conta das diversas críticas voltadas para a abordagem do estruturalismo, por isso caracteriza-se o pós-estruturalismo como uma tendência à superação e à radicalização da perspectiva estruturalista em inúmeras áreas do conhecimento.
Filosoficamente falando, os principais representantes do pós-estruturalismo são: Michel Foucault, Jacques Derrida e Gilles Deleuze.
O movimento chamado de pós-estruturalismo acaba se tornando próximo do pós-modernismo, embora ambos não sejam sinônimos. Os dois são semelhantes ao criticar o caráter abstrato e histórico do estruturalismo que não resolve o problema do significado e das questões associadas à ação. Além disso, os dois termos veem o discurso como algo problemático que precisa ser investigado, atingindo as noções de “verdades eternas e universais”.
De acordo com o pós-estruturalismo, na análise literária, há a instauração de uma teoria de desconstrução, onde entende-se que a realidade é vista como uma construção social e subjetiva, que o texto se libera para uma pluralidade de sentidos.
Seria averiguar que a abordagem possui uma maior diversidade de métodos, não se resumindo somente a uma série de pressupostos compartilhados. O pós-estruturalismo é um movimento completo de pensamento.
Ao contrário do estruturalismo, que não admite a independência e a superioridade do significante em relação ao significado – pois para esta abordagem ambos são inseparáveis –, o pós-estruturalismo, vê o significante e o significado como separáveis.
Dessa maneira, o pós-estruturalismo é entendido como uma forma de promover a liberdade de interpretar os sujeitos, pois esta desconstrução permite que se diferencie significante de significado, afinal a realidade é construída social e subjetivamente.
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