Fausto é uma palavra proveniente do latim, “faustus”, indicando fartura, sendo também um nome próprio usado desde os tempos do Império Romano. Corte refere-se à realeza, às pessoas que compartilham da intimidade dos reis.
O que é fausto da corte?
A expressão fausto da corte refere-se à abundância exibida por quem faz parte da corte. O termo fausto, com o tempo, passou a significar também orgulho ou soberba, vindos da forma como os integrantes da corte tratavam as pessoas que dela não faziam parte, vivendo no meio da pobreza e da falta de condições para um melhor padrão de vida.
A palavra fausto é bastante comum quando nos referimos à corte portuguesa em sua chegada ao Brasil, através de Dom João VI, em 1808, quando fugiu de Napoleão Bonaparte. A corte, durante sua permanência no Rio de Janeiro, vivia de festas luxuosas, desfilando pela cidade do Rio, vestuários e joias imponentes, gerando todo um aparato em volta dos nobres, que eram notados com fascínio pela população da então colônia brasileira.
O fausto da corte, desde tempos imemoriais, sempre foi suportado pelos impostos e donativos de pessoas da população, o que sempre trouxe conflitos entre os que passavam fome e os que viviam no luxo e na riqueza, às custas do trabalho da maioria do povo.
O fausto da corte não foi, no entanto, privilégio da corte portuguesa, mas também de outras cortes europeias na época após o descobrimento. Outra corte que ficou famosa pelo luxo e pela riqueza ostentada foi a corte francesa, na época de Luís XVI e de Maria Antonieta, uma rainha excêntrica, dada a todo tipo de luxo. O fausto da corte pode ser ainda hoje observado através dos museus franceses, com suas magníficas obras de arte e com objetivos valiosos, atualmente em exposição no Palácio de Versalhes, transformado em museu.