Fecundação é um substantivo feminino. O termo vem do Latim fecundare, de fecundus, que significa “fértil, produtivo, o que gera”.
O significado de Fecundação está associado com a reprodução sexuada, sendo o nome dado à união entre um gameta feminino (ovo ou óvulo) e um gameta masculino (espermatozoide), que traz como resultado a formação do zigoto ou célula-ovo.
Após muitas divisões celulares, o zigoto origina um embrião, ou seja, um novo ser vivo está em formação.
Várias espécies de plantas e animais, como, por exemplo, os próprios seres humanos, possuem órgãos sexuais separados, isto é, órgãos sexuais femininos ou masculinos. Nesse caso, os gametas são produzidos por indivíduos diferentes e dá-se o nome de “dioicos”. Por outro lado, existem espécies monoicas, conhecidas também como hermafroditas, pois possuem os dois órgãos (masculinos e femininos), podendo produzir os dois gametas. É o caso das minhocas.
Tipos de Fecundação
A fecundação pode ser:
- Fecundação Interna: quando a fecundação ocorre no corpo do indivíduo que produz o gameta feminino.
Esta fecundação tem uma produção menor de gametas e o gasto energético da produção deles depende do desenvolvimento do embrião, pois pode ser de três formas:
– Oviparidade: os animais ovíparos colocam ovos – o embrião se desenvolve fora do corpo materno e dependem, basicamente, do material nutritivo presente no ovo. São exemplos as aves, os répteis e os insetos.
– Viviparidade: os animais vivíparos são aqueles que mantêm o embrião se desenvolvendo dentro do corpo da mãe, dependendo exclusivamente dela para se nutrir. O que se destaca é um menor número de embriões sendo formados, porém com maior chance de sobrevivência. Um exemplo é a espécie humana.
– Ovoviviparidade: os animais ovovivíparos mantêm os ovos dentro do corpo até o momento da eclosão, tendo a alimentação também com base na reserva nutritiva do ovo. São exemplos os escorpiões e os tubarões.
- Fecundação Externa: quando a fecundação ocorre fora do corpo, isto é, no meio ambiente.
Neste tipo de fecundação, há uma formação maior de gametas masculinos e femininos, com o intuito de ter uma maior criação de zigotos. Entretanto, muitos desses zigotos não sobrevivem a todas as adversidades do meio ambiente.
Fecundação Cruzada
Fecundação cruzada é o nome dado ao mecanismo que impede a autofecundação – processo que acontece em espécies hermafroditas (que apresentam órgãos sexuais masculinos e femininos).
A fecundação cruzada se caracteriza pela origem dos gametas de dois indivíduos diferentes, que podem ou não ter sexos diferentes. De toda forma, esta é a maneira possível de fecundação em espécies de sexos separados.
Este processo garante variabilidade da espécie.
Fecundação Humana
A fecundação humana é a etapa de encontro do espermatozoide com o óvulo. São milhares de espermatozoides que tentam alcançar o óvulo, embora um número muito pequeno realmente consiga completar a “maratona” – somente um deles irá penetrar e trocar o material genético com o gameta feminino, originando o zigoto.
A nova célula terá 46 cromossomos, onde 23 serão por parte do pai e 23 da mãe. O sexo será definido na fecundação pelos cromossomos X ou Y – mulheres têm dois cromossomos X (XX) e os homens têm um X e um Y (XY). Assim, se o espermatozoide que possui o cromossomo X fecundar o óvulo X, o embrião será do XX (sexo feminino), enquanto que se o gameta masculino possui cromossomo Y, o embrião será XY (sexo masculino).
A concepção é o momento da fertilização e da implantação do embrião na parede do útero, dando início à gravidez.
Quando não é possível acontecer a fecundação de maneira natural (através da relação sexual), o processo pode ser feito em laboratório, de forma artificial, denominado como fertilização in vitro, com o intuito de fertilizar os óvulos fora do corpo da mulher e depois os introduz dentro do útero para proporcionar o seu desenvolvimento.