Felicidade é a qualidade ou estado de quem se encontra feliz ou ainda a sensação de bem estar e contentamento que pode ocorrer em vários momentos da vida de uma pessoa. A felicidade representa a superação das dificuldades e também a ausência do sofrimento, já que a pessoa feliz se sente plenamente realizada ou completa.
São diversos os motivos que fazem uma pessoa feliz: desde a realização de um sonho antigo, até o ato de se casar ou ter um filho. Como é uma forma de bem estar, a felicidade é diferente de euforia uma vez que, esta se caracteriza pelo surgimento e duração repentino e breve que logo cessa.
A felicidade em si ou a felicidade plena envolve vários sentimentos reunidos e por isso mesmo se tornou objeto de estudo para várias áreas e pensadores como na Filosofia, Psicologia e Budismo.
Felicidade na Psicologia
Segundo o psiquiatra e pai da Psicanálise Sigmund Freud (1856-1939) todas as pessoas são movidas em prol da busca da felicidade. Deste modo, elas agem ao que ele denominou como “princípio do prazer”. Porém como é impossível satisfazer todos os desejos no mundo real, cada indivíduo é fadado ao fracasso ao que ele designou como “princípio da realidade”.
Desta forma, Freud pensava que as pessoas só poderiam aspirar e alcançar uma felicidade parcial e nunca plena. Já para o também psiquiatra e psicanalista Carl G. Jung (1875-1961) a felicidade é abordada sobre o conceito de enantiodromia, ou seja, é a tendência psíquica da transformação dos opostos.
Em outras palavras, tal conceito abordado por Jung revela que o inconsciente humano possui a capacidade de formar imagens de pessoas perfeitas, entretanto, quando se deseja realizar algum desses propósitos acaba despertando uma tendência, no inconsciente, com o intuito de destruir a imagem, ou seja, a felicidade não é garantida.
Felicidade na Filosofia
Para o filósofo grego Aristóteles (384 a.C. a 322 a.C) a felicidade é um bem e a mais nobre coisa do mundo. Ela está na contemplação e prática de virtudes clássicas como a moderação, sabedoria, justiça e coragem.
Já para outro filósofo grego, Epicuro (341 a.C. a 270 a.C.) a felicidade é a ausência de dor e o caminho para se alcança-la é o homem não se preocupar com as coisas que ultrapassam o poder de sua vontade.
Em outras palavras, a filosofia epicurista defende que os desejos sejam satisfeitos de forma equilibrada para que a tranquilidade de uma pessoa não seja perturbada e assim consiga alcançar a felicidade.
Já para o filósofo contemporâneo Bertrand Russell (1872/1970) a felicidade consiste em eliminar o egocentrismo, ou seja, é importante e necessário que o individuo alimente vários tipos de interesses e formas de relações com as coisas para que se alcance a felicidade.
E, para o filósofo oriental Confúcio (551 a.C a 479 a.C.) a felicidade é alcançada quando uma pessoa contribui para que o outro seja feliz, ou seja, envolve o desprendimento e superação do egoísmo e orgulho humano.
Felicidade no Budismo
O conceito de felicidade encontrado na filosofia budista está na chamada “Quatro Nobres Verdades”, a qual diz que o sofrimento existe para todos e é muito importante descobrir quais são as suas raízes, assim como de onde se emana toda a dor para que a mesma possa ser eliminada e seguir o caminho para que a dor ou sofrimento possa ser totalmente extinto.
Dentre as várias formas, a que mais se destaca para a libertação do sofrimento humano é a prática mental da meditação que mostra o caminho para se encontrar a raiz dos problemas e como é possível elimina-los.