As figuras de linguagem são recursos ou instrumentos que se podem empregar na fala ou na escrita para deixar a frase ou mensagem mais expressiva ao ser transmitida. São geralmente empregadas na poesia, música e literatura pelos artistas.
O uso dessas figuras faz com que o entendimento possa ser mais bem assimilado uma vez que, é possível se comunicar através de simbolismos e obter maior efeito do conteúdo passado. No Brasil é conhecido e estudado como Figuras de Linguagem, já em outros países como Portugal encontra-se o emprego de Figuras de retórica ou Figuras de estilo.
Também conhecida como Figuras de Semântica, onde se utiliza outros substantivos e adjetivos para definir aquilo que está sendo dito no momento, como por exemplo:
Catacrese: se refere ao uso de uma palavra empregada no lugar de outra para dar o sentido figurado já que não há nenhuma própria. Exemplo: batata da perna, maçã do rosto entre outras;
Metáfora: é o emprego de uma palavra semelhante em lugar de outra palavra ou termo que possui um significado diferente do uso comum. Exemplo: Teu grito é uma faca afiada que atinge meu coração, minha alma está em chamas por tua causa;
Comparação: como o próprio nome indica é o emprego de uma palavra para se comparar ou mesmo qualificar aquilo a que se refere através do uso de conectivos (como, tal, assim, qual e etc.). Exemplos: Sinto-me tão bem como você, Fica sentada na beira do muro como uma coruja a espiar tudo;
Metonímia: Substitui uma palavra por outra semelhante, que possua grande afinidade ou sentido. Exemplos: Gosto de ouvir Chico Buarque (é o mesmo que dizer Gosto de ouvir as músicas cantadas por Chico Buarque);
Onomatopeia: É uma forma de imitar os sons de animais ou de objetos. Exemplos: muuuuu (som emitido pela vaca), blem blom (som de campainha);
Perífrase: é o emprego de uma palavra ou expressão para se referir a alguma coisa. Exemplos: Cidade Maravilhosa (Cidade do Rio de Janeiro). Adoro ler a obra do poeta dos Escravos (a obra de Castro Alves);
Sinestesia: é a mistura das mais variadas sensações de diferentes partes do corpo humano. Exemplos: A sua voz é um doce para a minha alma, As cores quentes sempre trazem alegria em qualquer estação;
Esta é uma subdivisão que se refere diretamente as ideias ou o que revela as intenções, as quais o falante deseja provocar em seu ouvinte. São elas:
Antítese: São as palavras que expressam o contrário. Exemplos: Eu durmo acordado pensando só em você, A alegria e a tristeza tomam conta de mim;
Paradoxo: É a ideia contrária ou oposta que se acredita, ou mesmo sem lógica ou nexo. Exemplos: Se estou com pressa, vou devagar, ou Quero correr sem sair do lugar;
Eufemismo: é uma forma de suavizar ou amenizar uma ação ou atitude. Exemplos: Ontem você me faltou com a verdade (mentiu), Aquele carro foi adquirido por meios Ilícitos (roubou);
Hipérbole: É um exagero proposital. Exemplos: Estou morto de fome ou Ela está chorando rios de lágrimas;
Ironia: É uma forma contrária de dizer aquilo que se pensa. Exemplos: Esta criança é um anjo! (ela não se comporta);
Prosopopeia ou Personificação: Refere-se aos seres animados ou inanimados por meio de predicativos próprios. Exemplos: A lua está serena ou As paredes escutam as conversas do casal.
Trata-se de figuras que alteram, repetem ou mesmo omitem o pensamento.
Aliteração: é a repetição de uma consoante, verso ou frase. Exemplos: Três pratos de trigo para três tigres tristes;
Anacoluto: é a quebra na estrutura sintática de uma oração. Exemplos: Ele, jamais pensou em me enfrentar;
Anáfora: é a repetição de uma única palavra para que o seu sentido seja reforçado. Exemplo: Veja só, Martim, hoje é o dia, hoje é o momento, hoje é urgente, hoje é tudo que preciso;
Elipse: é a omissão de palavras ou termos em uma frase, mas que são facilmente identificadas por elementos ou contextos. Exemplos: Na grande casa, nenhum sinal de esperança (foi omitido “não havia”);
Pleonasmo: é a repetição de um termo desnecessário, redundante. Exemplo: Descer para baixo;
Polissíndeto: é a repetição de conjunção no meio de termos da frase. Exemplo: Quando eu quis, quando eu pensei, quando reparei nada mais era verdade;
Zeugma: é a omissão de uma palavra ou termo anteriormente dito. Exemplo: Jorge fala francês; Cátia, o inglês.
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