Ginástica Rítmica Desportiva

Ginástica é uma palavra de origem grega “Gymnastiké”. Sendo gymnazein, “exercitar-se nu”. Portanto a ginástica é uma arte muito antiga que os gregos utilizavam naturalmente para exercitar o corpo com intuito de fortificá-lo.

A Ginástica Rítmica Desportiva (GRD), hoje mais conhecida apenas como Ginástica Rítmica (GR) é um tipo de ginástica que cativa a todos devido às belas apresentações das ginastas. Pois é um esporte que combina vários movimentos corporais harmonizados com dança, música e alguns aparelhos.

Essa modalidade esportiva possui uma das mais belas apresentações, pois a beleza, sutileza e graça com que os movimentos são realizados são esteticamente perfeitas.

A Ginástica Rítmica Desportiva nas competições é apenas feminina, mas no Japão ainda existe a prática masculina dessa modalidade esportiva.

Contexto Histórico da Ginástica Rítmica Desportiva

 A Ginástica Rítmica Desportiva, assim como outras modalidades de esportes foram objetos de estudo do pedagogo Jean Jacques Rousseau, que até então desenvolvia seus estudos sobre a importância e influência da ginástica e seus movimentos corporais na educação infantil.

Graças aos estudos de Rousseau, a Ginástica Rítmica acabou ficando conhecida pela até então União Soviética, quando realmente começou a ser considerada um esporte. Logo em seguida chegou à Alemanha, que acabou incorporando alguns aparelhos para incrementar a Ginástica.  

Mas, foi somente no XIX que a Ginástica Rítmica começou a se transformar e a tomar proporções mais artísticas, principalmente devido às influências de François Delsarte, responsável pela associação dos movimentos do corpo aos sentimentos através da dança e música.

Outras pessoas que influenciaram bastante a evolução da Ginástica Rítmica Desportiva foi o Coreógrafo Emile Jacques Dalcroze e posteriormente seu aluno Rudolf Bode. Ambos foram responsáveis por associarem essa modalidade à dança e a Educação Física. Nessa época a Ginástica Rítmica já se apresentava com características bem singulares e expressivas devido aos seus movimentos naturalmente femininos.

Mas foi a bailarina Isadora Duncan quem começou a ensinar a Ginástica Rítmica na ex-União Soviética. Porém, ela procurou desassociá-la da ginástica e adaptou-a apenas à dança e a música.

Então, em 1942, foi realizado o Campeonato Nacional Soviético, um dos primeiros eventos competitivos da modalidade.

Nesta mesma época, o alemão Heinrich Medau resolveu introduzir alguns aparelhos que começaram a ser utilizados em competições femininas.

EM 1961, a Ginástica Rítmica desportiva foi reconhecida pela Federação Internacional de Ginástica (FIG), mas somente em 1963 é que a Ginástica Rítmica pode participar do Campeonato Mundial, ocorrido em Budapeste.

A primeira campeã nessa modalidade não poderia deixar de ser uma soviética, ou seja, Ludmila Savinkova.

Apesar de toda essa longa jornada, foi somente em 1975 que essa modalidade de ginástica passou a ser denominada de Ginástica Rítmica Desportiva.

Em 1980, o Comitê Olímpico Internacional incorporou a Ginástica Olímpica Desportiva aos Jogos de Moscou, mas a partir daí a modalidade passou a ser denominada apenas de Ginástica Rítmica.

Porém, esse esporte só passou a ganhar maior visibilidade a partir dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, como modalidade individual. A modalidade coletiva só ocorreu em 1996, nos Jogos de Atlanta.

Movimentos e Regras da Ginástica Rítmica

Nas competições os movimentos corporais são bastante valorizados, tanto nos exercícios individuais quanto coletivos. Os atletas têm a liberdade de executar vários movimentos, mas para serem bem avaliados eles devem procurar saltar, correr, andar, girar, equilibrar, ondular, entre outros exercícios obrigatórios durante a apresentação. Sendo que todos os movimentos devem ser feitos em sincronia com uma música.

Os juízes, além da beleza e sincronia também julgam os seguintes quesitos corporais: Equilíbrio, onda(flexibilidade), moinho (Formar um círculo com os braços), Pivot(rotação de 360º com os pés) e véu (movimentos feitos com uma corda em torno do corpo).

Esses movimentos podem variar de acordo com a apresentação da atleta.

De acordo com as regras oficiais, o tablado para realização das provas dever possuir área de 14m X 14m e ser feito de um material próprio para amortecer quedas e ao mesmo tempo poder impulsionar os saltos da ginasta.

Aparelhos Utilizados Durante as Provas da Ginástica Rítmica

  • Bola: Deve ser fabricada de material sintético, com diâmetro entre 18 e 20 cm e peso mínimo de 400g.
  • Fita: Utiliza uma vareta com diâmetro de aproximadamente 1  cm e mede entre 50 e 60 cm de comprimento. Uma fita de cetim de mais ou menos 5 cm de largura e 6 m de comprimento é afixada nessa vareta. A mesma deve pesar no mínimo 35 g.
  • Arco: O material não pode ser muito pesado e nem deformar, por isso deve ser feito de plástico ou madeira. Deve pesar no mínimo 300 g com diâmetro entre 80 e 90 cm.
  • Corda: o tamanho da corda é proporcional ao tamanho da ginasta, sendo que o material utilizado deve ser sintético ou de linho, mas que seja leve e flexível.
  • Maças: Mede entre 40 e 50 cm e são feitas de madeira ou material sintético. Deve pesar no mínimo 150 gramas.

As provas durante as competições de Ginástica Rítmica Desportiva podem ter duração de 75 segundos para cada um dos aparelhos se a apresentação for individual. Mas nas apresentações em equipe, que são em número de cinco atletas têm duração de 150 segundos. Sendo que as ginastas disputam duas provas. Em uma das provas as cinco ginastas utilizam o mesmo aparelho e na outra prova são utilizados dois aparelhos diferentes.

Principais Competições

A Ginástica Rítmica participa de várias competições nacionais e mundiais como:

  • Campeonato mundial;
  • Copa do Mundo;
  • Jogos Olímpicos;
  • Jogos Mundiais;
  • Jogos Sul-Americanos;
  • Campeonato Europeu;
  • Jogos Pan-Americanos;
  • Jogos Asiáticos.
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