Guerra Fria é o nome pelo qual ficou conhecido o período histórico entre 1945 e 1991 marcado pela disputa ideológica, política, econômica e militar entre as duas grandes potências do período os Estados Unidos e a União Soviética.
O que é Guerra Fria
Em 1917, a Rússia promoveu uma revolução socialista no país e passou a se chamar União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, também conhecida como URSS ou União Soviética. O país adotou o socialismo como regime político-econômico e, durante a Segunda Guerra Mundial, se aliou aos Estados Unidos, capitalista e liberal, na luta contra as forças do eixo, lideradas pela Alemanha, que veio a ser derrotada pelas duas potências com o cerco a Berlim, em 1945.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos e União Soviética se consolidaram como as duas maiores potencias econômicas no mundo e ambas começaram um período de disputas, tentando provar ao mundo que o seu sistema era o melhor: começou assim a Guerra Fria.
Enquanto os Estados Unidos se esforçaram para mostrar ao mundo que uma economia de mercado, de livre comercio e livre iniciativa pautada no capitalismo e no liberalismo era o melhor sistema para o mundo, a União Soviética trabalhava para provar que um estado forte que planeje a economia e extinga as classes sociais, o lucro e as liberdades individuais, é o melhor. A grosso modo, podemos dizer que os americanos defendiam a liberdade, enquanto os soviéticos, a igualdade.
Para provar a sua superioridade, as duas potencias não mediram esforços e, durante a Guerra Fria, vimos os dois países se empenharem em propagandear ao mundo que o seu sistema era o melhor. Para isso, foram feitos grandes investimentos não só em propaganda, mas em tecnologia, na indústria bélica, na conquista do espaço, nos esportes e etc.
O nome Guerra Fria se consagrou pelo fato de não ter havido uma guerra propriamente dita entre as duas potências, mas um conflito ideológico, que repercutiu em todo o mundo e que influenciou a vida das pessoas em todos os outros países não diretamente envolvidos na disputa. Contudo, rumores de que uma guerra aconteceria entre EUA e URSS sempre existiram no período, espalhando o medo de um devastador conflito nuclear, uma Terceira Guerra Mundial muito mais destrutiva do que as precedentes. E o receio das consequências de tal embate era tanto, que as duas potências sempre buscaram soluções menos catastróficas para as contendas que surgiram ao longo dos anos da Guerra Fria.
Uma das características mais marcantes da Guerra Fria foi a chamada corrida armamentista, onde os dois países investiram pesado no desenvolvimento de armas militares, com destaque para as armas nucleares, procurando com isso intimidar a potência rival e ao mesmo tempo mostrar ao mundo o quanto o sistema que defendiam era capaz de promover desenvolvimento bélico e tecnológico, e ao mesmo tempo poderio militar e estratégico.
Na Guerra Fria, vimos ainda que muitos países se aliaram aos EUA ideológica e militarmente para garantir que o capitalismo prevalecesse no mundo, e essa união, além de acordos econômicos, levou também à criação da OTAN ou Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar entre os EUA e os países da Europa Ocidental incluindo Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Espanha, Holanda, Áustria, Dinamarca, Grécia, Suécia, Portugal, Bélgica e também o Canadá.
A União Soviética, por sua vez, também desenvolveu um tratado militar com os países que adotaram o socialismo como sistema econômico a partir da Segunda Guerra Mundial e de sua influência, e assim nasceu o Pacto de Varsóvia, uma aliança militar que contava com Polônia, China, Cuba, Coreia do Norte, Alemanha Oriental, Romênia, Albânia e Tchecoslováquia.
A partir dos anos 80, a União Soviética começou a se abrir para o ocidente e para o capitalismo, vindo a se extinguir em 1991. No período, os diversos países socialistas do mundo começam a também desistir do socialismo e adotar o capitalismo como sistema econômico. Foi o fim da Guerra Fria: os Estados Unidos e o capitalismo saíram vitoriosos.