HPV é a sigla inglesa de Human Papiloma Virus que, ao ser traduzido para o português é o mesmo que Vírus do Papiloma Humano, que atinge tanto a pele quanto as mucosas e pode causar lesões e verrugas que, se não for tratado adequadamente, provocará o surgimento de câncer.
Como a sua transmissão é realizada através do contato da pele, o HPV é considerado uma doença sexualmente transmissível (DST). Sabe-se que existem cerca de 200 tipos de HPV, mas só foram identificados 150 tipos. Dentre eles, há aqueles que podem provocar câncer de garganta, do colo do útero e do ânus, como também aqueles que se transformam em verrugas genitais.
O HPV não apresenta sintomas visíveis ou facilmente detectáveis. A única forma de detectar a presença do vírus é o surgimento de lesões e verrugas sobre a pele que geralmente se manifestam como manchas brancas ou em tons castanhos. Além disso, elas provocam coceiras e nem sempre são visíveis a olho nu. Sua detecção é realizada por meio de exames como peniscopia, vulvoscopia e colposcopia.
Dentre as causas para o surgimento do HPV estão: o contato direto com a pele, com as verrugas (embora seja considerado raro), compartilhamento de toalhas e roupas íntimas. Há ainda alguns fatores de risco que podem contribuir para o contágio do HPV como, por exemplo, sexo sem proteção, vida sexual precoce, queda do sistema imunológico, presença de outras DSTs e a existência de múltiplos parceiros.
Por isso é importante fazer exames de rotina. Para isso, homens e mulheres devem consultar especialistas que conseguem detectar a presença do HPV como é o caso do infectologista, urologista, ginecologista, clínico geral e dermatologista.
O diagnostico do HPV é realizado através de exames como o papanicolau e o anuscopia, onde é utilizado uma espécie de reagente corante, que auxilia na visualização das possíveis lesões. Quando estas são detectadas é realizada uma biopsia para verificar se aquele tipo encontrado poderá evoluir ou não para um câncer.
Há também o chamado teste HPV que é um modelo genético capaz de detectar a presença do vírus no organismo. Desta forma, se o vírus for encontrado logo no início é possível realizar um tratamento médico, que fará com que o vírus seja eliminado do organismo entre um ano meio e dois anos, como geralmente acontece com os mais jovens.
O tratamento do HPV é feito com ação direta sobre os sintomas sendo os mais comuns o uso de cremes para lesões pequenas como o ácido tricloroacético e os cremes imunoterápicos ou então através da retirada da lesão, por meio da cauterização a laser com o intuito de queima-la.
Alguns dos medicamentos mais utilizados para o tratamento do HPV são: Efurix e Ixium. Ambos os cremes só devem ser utilizados sob a orientação médica. Pessoas que são portadoras do vírus devem tomar os seguintes cuidados durante o período de tratamento como, por exemplo, evitar o fumo, fazer sexo seguro (com o uso de preservativos), ter uma alimentação equilibrada e ir periodicamente ao médico.
Existem dois tipos de vacinas que são disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, a saber: a chamada quadrivalente (6, 11, 16 e 18) e a bivalente (que protege os HPVs 16 e 18), que pode ser aplicada em meninas a partir dos 9 anos de idade.