Inatismo é um substantivo masculino que sintetiza uma ideia filosófica que acredita que o conhecimento de um indivíduo é uma característica inata. Ou seja, o indivíduo já nasce com todo o conhecimento, qualidades e capacidades básicas.
Dentro desta análise da teoria do inatismo, o conceito de conhecimento adquirido a partir do que é aprendido e obtido de experiência nas relações humanas simplesmente é impossível e inexistente. Isso porque, tal filosofia defende que as qualidades são transmitidas por meio de herança genética, isto é, de pai para filho. Não há condições de a pessoa se desenvolver e aperfeiçoar seus conhecimentos, eles já estão cravados em seu DNA na sua concepção.
Diante deste significado, o indivíduo é um se meramente estático, desprovido de qualquer capacidade de evoluir ao longo de sua vida: seus hábitos, crenças, conduta social, valores e personalidade estão na sua origem.
A teoria do inatismo possibilita o surgimento de ideologias que são favoráveis à hierarquização social, com os seres naturalmente mais inteligentes acima de outros que são menos aptos e desenvolvidos geneticamente para tal.
Diante deste cenário, o inatismo na educação serve apenas para despertar nos alunos as habilidades que já estão incutidas neles e apenas estariam adormecidas. Nesse entendimento, os professores são incentivados a não interferirem no processo de aprendizagem dos estudantes, já que o sucesso ou o fracasso deles depende única e exclusivamente de si e de seus genes. Se determinado aluno não consegue absorver algum conhecimento, ele não tem aptidão genética para tal e não há como desenvolvê-lo.
Platão foi um dos primeiros filósofos a defender o ideário em torno da teoria do inatismo. De acordo com o inatismo platônico, “a alma precede o corpo”, ou seja, todo o conhecimento já estava armazenado desde sua concepção.
Ele aborda a teoria da reminiscência, na qual já nascemos imbuídos da razão e de ideias verdadeiras e a Filosofia ajuda a que nos recordemos delas. De acordo com Platão, conhecer é recordar a verdade que já existe em nós mesmos.
O pensador racionalista René Descartes aborda a teoria do inatismo, desenvolvendo o conceito de inatismo cartesiano.
Para ele, há três ideias dentro de nosso espírito: as ideias adventícias, ou vindas de fora, derivadas de nossas sensações e percepções; as ideias fictícias, logo, criadas por nossa mente; e as ideias inatas, aquelas que já nascem com a gente e foram colocadas em nosso espírito por Deus, por isso elas serão sempre verdadeiras.
Inatismo e empirismo se opõem drasticamente. Isso porque, no empirismo, as ideias dos indivíduos são desenvolvidas apenas por conta da experiência vivida por eles. Ou seja, frontalmente oposta ao inatismo, que, como vimos, desconsidera a experiência humana como fator que impacte no conhecimento.
O líder da teoria do empirismo é o britânico John Locke, que escreveu a obra “Ensaio acerca do Entendimento Humano”. Lá ele definiu que a mente é uma tábula rasa e que todas as ideias são captadas a partir de experiências sensoriais.
Há também outras teorias que combatem o conceito do inatismo, casos do ambientalismo e do interacionismo. A teoria ambientalista, também chamada de comportamentalista ou behaviorista, bebe do empirismo ao defender que as características da pessoa são forjadas apenas por causa da experiência dela no ambiente no qual ela está inserida.
Já o interacionismo aponta que a construção humana é um processo contínuo e que se dá em suas relações com o meio no qual vive, isto é, construímos nossas características segundo nossa relação com o meio físico, social e cultural.
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