Ionizante é um adjetivo derivado de íon, um átomo que tem esse nome em virtude de sua capacidade de movimentação. Íon, originalmente, é uma palavra grega que tem o significado de “aquele que vai”.
Na Física, ionizante indica a capacidade de ionizar, ou seja, de um átomo ficar eletricamente carregado, ganhando ou perdendo elétrons, transformando-se em íons.
A ionização é um fenômeno que acontece naturalmente, consistindo na ação de qualquer outro elemento ionizante, perturbando a carga elétrica de um átomo.
A energia ionizante é aquela que tem a capacidade de alterar a matéria, modificando suas células. Assim, por exemplo, quando um átomo perde elétrons, fica com carga positiva, tornando-se um cátion, ocorrendo a situação inversa quando perde elétrons, ficando com carga negativa e se transformando em ânion.
A energia ionizante, com sua capacidade de modificar a matéria, quando ocorre em forte carga sobre os átomos de seres vivos, provoca alteração molecular em suas células, podendo comprometer sua existência.
A energia ionizante pode ser aplicada como radiação, sendo usadas para pesquisas, diagnósticos e tratamento na medicina, mantendo sempre o seu uso dentro de regulamentações rígidas. O uso da radiação de energia ionizante é feito em pequenas doses, buscando novos meios de diagnosticar e tratar diversas doenças.
Uma das aplicações mais conhecidas de energia ionizante são os raios X, utilizado em praticamente todos os ferimentos físicos, quando envolve órgãos internos e a estrutura óssea.
Como radiação ionizante também podemos citar a tomografia computadorizada e o uso de radionuclídeos, gerando imagens para diagnósticos na medicina nuclear.
O uso da radiação ionizante em tratamentos é feito com a radioterapia para combate ao câncer, utilizando um emissor de raios gama.
As medidas de segurança na utilização da radiação ionizante são as mais severas possíveis, evitando a contaminação por radionuclídeos aos operadores dos equipamentos. Mesmo assim, em alguns hospitais constatou-se a contaminação de ambientes próximos aos locais de aplicação da radiação, o que mostra que o tratamento deve ser muito cuidadoso.
Existe diferença entre a radiação ionizante e radiação não ionizante, não somente pela sua natureza, mas também pela quantidade de energia liberada. No caso de radiação ionizante, esta é forte o suficiente para provocar a ionização em outros átomos, enquanto isso não ocorre na utilização da radiação não ionizante.
A medicina começou a fazer uso da radiação ionizante no final do século XIX para tratamento de algumas doenças e ainda hoje o método é utilizado em radioterapia, principalmente para o tratamento de tumores cancerígenos.
A exposição à radiação ionizante é extremamente controlada, uma vez que em excesso pode causar efeitos graves no ser humano, matando células ou provocando o surgimento de tumores cancerígenos. Dependendo do nível de exposição, uma pessoa submetida à radiação ionizante pode apresentar diversos sintomas, como anemia, vômitos e, em casos extremos, até mesmo a morte.
As radiações não ionizantes, por seu lado, são mais fracas e estão presentes em todos os momentos de nossa vida, através das radiações micro-ondas, radiações de aparelhos celulares, raios infravermelhos e outros.
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