Ipiranga é uma palavra de origem tupy, originalmente ypirang, que pode ser traduzida para o português como água barrenta, água vermelha ou rio vermelho; onde o “y” traduzimos por rio e “pyrang” substituímos por vermelho.
O nome Ipiranga batiza um rio que corre por parte do estado de São Paulo. O nome descende do nome original do rio, ypirang, nome que era usado pelos índios Guaianazes que habitaram durante um período as margens do rio.
O rio Ipiranga tem sua nascente no sul do estado de São Paulo, entre os municípios de Sete Barras e São Miguel Arcanjo. O rio corre sentido leste unindo-se mais adiante ao rio Preto até sua foz no rio Juquiá. Paralelamente ao Ipiranga, foi aberta a rodovia SP 139.
Nos outros estados, diferentemente de São Paulo, o nome Ipiranga é geralmente lembrado mais pela data histórica e o simbolismo a que remente do que pela questão fluvial geográfica que suscita, naturalmente.
Contudo, mesmo aqueles mais inteirados a respeito da geografia do estado de São Paulo ainda se confundem entre o rio que percorre alguns municípios do estado e o riacho do Ipiranga, esse sim aquele a que faz referência as páginas de História que contam sobre a independência do Brasil, bem como a estrofe do Hino Nacional.
O riacho Ipiranga também dá nome ao bairro da cidade de São Paulo, onde se encontra, tratando-se de um córrego que nasce em meio a área preservada de mata atlântica do Jardim Botânico do Parque Estadual Fontes do Ipiranga, que fica cercado por parte do imenso perímetro urbano da capital paulista num local da zona sul da cidade.
Infelizmente e precisamente por sua localização, em meio a selva urbana de São Paulo, o riacho do Ipiranga sofre com a poluição, recebendo diariamente grandes quantidades de resíduos industriais e domésticos ao longo dos seus 9 quilômetros de percurso da nascente até a foz no rio Tamanduateí.
Para a história do Brasil, o riacho do Ipiranga é lembrando como um dos símbolos da independência do país em relação a Portugal. Sobre o dia 7 de setembro 1822, os relatos oficiais reproduzem a história de que Dom Pedro l, às margens plácidas do Ipiranga, desembainhou sua espada e depois disse com veemência e convicção “independência ou morte!”. Contudo, esse é um relato romântico do ocorrido, criado dentro do estilo e valores intelectuais em vigor em sua época, visando não só dar um caráter estético e mitológico ao fato, como também criar uma imagem positiva do herói, que foi no dia 12 de outubro do mesmo ano proclamado imperador da nova nação independente.
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