Kaizen

Kaizen é um termo de origem japonesa cujo significado gira em torno de mudança para melhor. O termo costuma ser usado no Japão para passar a ideia de uma melhoria contínua na vida em geral, sem importar o aspecto da vida propriamente dita, seja a vida social, profissional, familiar ou pessoal.

Portanto, o termo Kaizen significa a ideia de que a vida vai melhorar e progredir com o tempo.

Em um ambiente empresarial, porém, kaizen tem outro significado. No Japão corporativo, kaizen é um sistema de administração focado na ideia de baixar custos e aumentar a produtividade da empresa.

Esse sistema foi formulado pelo Professor Masaaki, um acadêmico japonês defensor do gemba (o “local real”), onde o “valor” de verdade é criado, no caso de uma empresa, na linha de produção. Para o kaizen, é necessário que todos os colaboradores de uma empresa, da linha de produção até a sala da presidência, estejam dispostos a trabalham em conjunto remando numa só direção para o bem maior da empresa.

O conceito de kaizen foi criado nos anos 50, quando os japoneses passaram a se religar a conceitos de administração e economia para poder recriar a sua indústria; parcialmente destruída após os eventos da Segunda Guerra Mundial.

O kaizen japonês ligado ao contexto industrial significa aprimoramento contínuo, um dogma que não só pensa no melhor para a empresa, como também para os seus funcionários. Um dos pilares básicos do kaizen é que o tempo é o melhor juiz da competitividade – e, portanto, quem faz em menos tempo acaba também por ser mais competitivo. Dessa forma, quem segue a filosofia do kaizen acaba por realizar uma série de avaliações para poder sempre analisar e tentar remover desperdícios de material, energia, mão de obra ou outros recursos dentro da empresa, direcionando-os para processos novos ou afins.

O príncipio do Kaizen dita que se deve sempre implementar uma melhoria no sistema de produção e administração, sem permitirque se passe um dia inteiro sem que haja esse aperfeiçoamento, seja na empresa ou seja nosfuncionários. Uma das empresas mais famosas que utilizam o Kaizen é a Toyota.

Kaizen e os 5s’s

O princípio do Kaizen é composto principalmente por 5s’s, ou seja, cinco conceitos compostos por termos cuja primeira letra é a letra S. Eles ão os seguintes:

Seiton – um conceito sobre o senso de organização do estoque, como também das matérias primas necessárias para a produção da empresa, evitando-se assim, que os funcionários desperdicem tempo procurando por materiais;

Seiri – esse é um conceito que fala muito sobre a diferença entre o que é uma coisa essencial e uma coisa não essencial. Assim, aquilo que não é essencial para o trabalho pode ser armazenado em algum lugar onde não atrapalhe o funcionamento diário da empresa;

Seiso – como todo bom dogma japonês, o seiso é um conceito que fala sobre a limpeza do local de trabalho, ditando que a região laboral deve estar asseada, dessa forma evita-se a queda da produtividade;

Seiketsu– um conceito que fala sobre a higiene de cada um e a preservação de um ambiente satisfatório entre os colegas de trabalho. A diferença do Seiketsu e do Seiso é que o Seiketsu fala mais sobre doenças e higiene, enquanto o Seiso sobre bagunça e organização;

Shitsuke – um conceito que fala sobre coisas essenciais para a cultura empresarial japonesa: disciplina, honra, retidão de caráter e determinação.

Kaizen, Kanban e Just in time

Quando empresas falam sobre métodos de trabalho na sua linha de produção para evitar desperdícios e aumentar a produtividade, costumam mencionar o kaizen, o kanban e o Just in time.

A diferença entre esses três sistemas é sutil:

O kaizen prega uma melhoria contínua do seu sistema de produção, removendo todos os obstáculos, desperdícios e distrações de produtividade.

O Just in time, por sua vez, defende que cada recurso e ação sejam realizados apenas e exclusivamente na hora exata do consumo desse recurso ou execução dessa ação, para promover a produtividade da empresa.

Já o kanban, por sua vez, trata de um sistema que utiliza pequenos cartões com o andamento das tarefas dentro da linha de produção, para estimular assim, a entrega e produção de matérias, peças ou instrumentos da linha de produção.