Maktub é um termo oriental que tem o significado de “tinha que acontecer” ou mesmo “já estava escrito”, sendo uma palavra considerada como sinônimo de destino, já que define algo que estava predestinado, um fato que já estava escrito, que não podia ser evitado.
Com o conceito árabe de maktub, consideramos que, embora o ser humano tenha o seu livre arbítrio, algumas ocorrências são inevitáveis e que o ser humano é obrigado a passar por elas. O termo pode ser comparado ao “carma”, tanto referido pelo hinduísmo ou pelo espiritismo.
Em sua origem, o termo maktub é uma palavra relacionada com o vocábulo árabe kitab, que tem o significado de “livro”, no idioma árabe. Para os árabes, a palavra maktub indica que o islamismo apresenta-se como a vontade de Alá e que todos os seres humanos devem se submeter à sua vontade, mostrando assim um lado fatalista da vida do homem na Terra.
Livro Maktub
A palavra Maktub também é o título de um livro do autor esotérico brasileiro Paulo Coelho. O livro Maktub é uma coletânea de crônicas que o autor escreveu entre 1993 e 94 no jornal “A Folha de São Paulo”, no formato de parábolas, onde Paulo Coelho, parafraseando outros autores, considera que o universo conspira a nosso favor para que tenhamos sucesso na vida, enquanto que nós conspiramos contra nós próprios quando não aceitamos os ditames do universo.
Segundo Paulo Coelho, o livro Maktub não é um livro de aconselhamento ou de autoajuda, mas sim uma expressão de cultura e de filosofia de vida, considerando para isso diversas culturas. Para o autor, o livro é apenas uma peça tecida, onde ele foi a ferramenta que juntou os fios para montar a obra final.
Maktub também foi o título escolhido por Malba Tahan, o pseudônimo de outro autor brasileiro, Júlio César de Melo e Souza, lançado em 1935, trazendo uma coletânea de contos orientais. O livro de Malba Tahan – autor também de muitos outros livros famosos e hoje praticamente esquecido – traz uma carta prefácio do general turco Khara Ulugbert.
O grupo de rap Oriente também utilizou a palavra Maktub em uma de suas músicas, “Vida Longa Mundo Pequeno”.