Nacionalismo representa uma ideologia e um movimento político que se fundamenta na consciência da nação, ou seja, na criação de um sentimento ou crença pelos cidadãos de que existem culturas e características comuns a eles. Dessa forma, o nacionalismo procura estabelecer laços entre as comunidades para assim moldá-las politicamente.
Ao longo da história podemos notar que diversas sociedades também cultivaram a ligação que tinham com sua terra natal e as tradições de suas gerações passadas, entretanto essas características não são vertentes do nacionalismo em si. Somente no fim do século XVIII é que o conceito do termo nacionalismo foi percebido como uma ferramenta capaz de criar concepções sobre o público e privado, modificar a forma de vida e o pensamento dos cidadãos e formar um movimento político.
Após a Revolução Francesa, que teve fim em 1789, o significado de nacionalismo moderno foi criado e remetia a consciência de lealdade e devoção dos indivíduos perante o seu Estado-Nação. Com o ápice da burguesia industrial, as guerras contra inimigos expansionistas e o desejo de independência, sobretudo das colônias europeias, o nacionalismo começou a ganhar força.
Por mais que tenham uma relação de proximidade, o nacionalismo não deve ser confundido com o patriotismo, pois o último prega a afeição aos símbolos do estado, como o hino e a bandeira, por exemplo. Já no nacionalismo os aspectos mais difundidos são os de cunho cultural e linguístico. Dessa forma, o patriotismo está mais ligado aos deveres morais e cívicos para com a política e a nação, enquanto o nacionalismo é mais pertinente em relação à etnia.
Já nos século XX, o conceito sobre nacionalismo teve grande importância em duas ocasiões: primeiro no surgimento e na expansão das teorias fascista, principalmente na Alemanha e na Itália, que inclusive acabaram por ser o estopim para as duas grandes guerras; e segundo na consolidação de nações que eram colônias e tiveram independência tardia.
Atualmente, o nacionalismo também está muito presente em países provenientes de colônias que combatem a extorsão praticada pelo capitalismo por meio de barreiras de mercado e restringindo o acesso de imigrantes, a fim de defender sua hegemonia e o meio de vida de seus cidadãos.
Nacionalismo Brasileiro
O nacionalismo brasileiro promove a valorização do país e sua cultura, população e diversidade. O movimento é criticado por muitas pessoas, que julgam que o brasileiro não é nacionalista ou que ele só demonstra valor para grandes eventos esportivos.
O Brasil tornou-se independente por interesse de um pequeno grupo de pessoas, de uma forma totalmente diferente das outras nações da América, onde houve luta contra os colonizadores, assim sendo, não houve a criação de uma identidade nacional naquela época. Somente na década de 1920, com o surgimento do movimento chamado tenentismo, é que o país começou a sofrer ações que incentivaram certo nacionalismo.
Nacionalismo Romântico
O Nacionalismo Romântico, também conhecido como nacionalismo orgânico ou nacionalismo da identidade é um modo de nacionalismo onde o Estado e seu governo são pertinentes em razão da língua, cultura, etnia e costumes religiosos daquele povo. O Nacionalismo Romântico prega que é papel do Estado a gestão e manutenção desses valores.
Nacionalismo Ufanista
O nacionalismo ufanista também é chamado de exagerado ou exacerbado, isto é, um apreço excedido pela nação. Esse tipo de nacionalismo pode levar a preconceitos e discriminação contra indivíduos e governos de outros povos. No Brasil o nacionalismo ufanista esteve presente durante a ditadura militar.
Nacionalismo e Separatismo
Separatismo é um movimento que promove a divisão e independência econômica e política de determinada nação. O separatismo relaciona-se ao nacionalismo produzido em uma parte ou parcela que motiva o rompimento com a nação e a criação de uma autonomia própria. Como exemplo desse fenômeno, podemos citar a separação dos países que formavam a antiga União Russa Socialista Soviética.