Narrativa é um substantivo feminino. Derivando-se de narrar, o termo vem do Latim narrare, que significa “dar a saber, narrar, contar, expor narrando”.
Narrativa é uma narração, uma exposição de fatos, uma história de um conto.
O significado de Narrativa é, dessa maneira, qualquer forma de se contar uma história. São exemplos simples as notícias de jornal que são lidas diariamente, as histórias em quadrinhos e os mangás, etc.
Sendo assim, narrativa é um relato, um conto, uma novela.
Porém, as narrativas não são somente expressas por meio da linguagem verbal, mas também pela imagem – a linguagem visual –, pela representação – que é a linguagem teatral –, e outras formas que visam atingir o objetivo de narrar uma história.
Elementos da Narrativa
Para o ato da narração, é necessário que ocorra uma sequência de elementos interligados – são eles que compõe a narrativa e garantem que haja uma correta compreensão sobre a mensagem que está tentando ser passada.
Basicamente, uma narrativa é composta pelos elementos a seguir:
- Narrador – pessoa responsável em contar a história,
- Personagens – são os participantes ou quem observa a ação.
Podem ser reais ou fictícios, entre elas pessoas, animais ou mesmo objetos. Dependendo de sua importância dentro da narrativa, há os personagens principais (chamados de protagonistas) e os personagens secundários.
Qualquer personagem que é vilão ou inimigo do protagonista é chamado de opositor ou antagonista.
- Série de acontecimentos ou ações – o que acontecerá na história,
- O tempo e espaço em que estes fatos estão acontecendo.
Por isso, na narrativa entende-se que o fato é o mesmo que a ação que irá ser narrada (é o “o que”). O tempo e o lugar são fatores que determinam o “quando” e o “onde” (a linha temporal e a descrição de onde aconteceu tal fato).
O enredo é a parte da narrativa que aborda os fatos, bem como o modo como ocorreu e a causa (o “como” e o “por que”). Aqui há a presença do tema, o motivo central do texto, as situações e ações de conflito. Há uma divisão nesse momento:
- Apresentação: os elementos são apresentados pelo narrador, para que o leitor entenda o que está lendo,
- Desenvolvimento: inicia-se o conflito,
- Clímax: é o auge do conflito,
- Desfecho: parte final da narrativa.
O desfecho é conhecido como a “consequência”, pois é o desenrolar da ação, é a chegada ao resultado.
Cabe ainda mencionar que o narrador também pode se apropriar de diferentes formas de foco, ou seja, como ele mesmo “vê” a história. Por exemplo:
- Narrador-personagem: é quando a história é narrada do ponto de vista de quem a vivenciou, sendo o narrador também um personagem.
Aqui, a história é narrada em primeira pessoa.
- Narrador-observador: é quando há aquele que observa os acontecimentos e transmite os detalhes.
Aqui, a história é narrada em terceira pessoa.
- Narrador-onisciente: o narrador conhece todas as informações e detalhes do enredo e personagens, sendo que assim há revelação de pensamentos e emoções.
Há o uso, aqui, do discurso indireto livre.
Narrativa Literária
Narrativa literária é também conhecida como ficção, pois é o tipo de linguagem em que o escritor faz a recriação de uma realidade ou a invenção total de algo.
A narrativa literária poderá ser apresentada em forma de prosa ou verso.
Obviamente, toda narrativa envolve um narrador, pessoa que irá contar o que acontece. É claro que o narrador não é a mesma coisa que o autor do texto, pois o narrador pode ser um personagem que está participando da ação da narrativa, como comentado anteriormente.
São as formas de narrativa mais comuns:
- Romance – dentro deste tipo, pode contar distintas histórias, desde romance histórico, romance policial até romance de aventuras. De todo modo, o romance é uma narrativa de ficção, normalmente longa com diversos personagens que possui vários conflitos, mas que têm seus destinos cruzados.
- Novela – narrativa que tem unidades conectadas, porém há foco em um personagem central,
- Conto – narrativa curta e com poucos personagens. Caracterizado por ser compacto, o conto tem foco em um personagem, abrangendo conflitos em um espaço de tempo menor,
- Crônica – narrativa mais informal, geralmente com o intuito de criticar problemas sociais,
- Fábula – narrativa de pequeno tamanho que relata lições de moral. Há a presença de figuras de animais e tem fins pedagógicos, pois quer transmitir valores associados à ética e à moral.
Narrativa de aventura
Narrativa de aventura é a expressão utilizada para se referir às narrativas que têm como aspecto a riqueza de suspense e ação, onde há o desenvolvimento de um personagem que enfrenta grandes desafios.
Em grande parte, as narrativas de aventura possuem um protagonista valente, inteligente, determinado e habilidoso, seja ele homem ou mulher.
Para que o leitor se envolva com uma narrativa de aventura, é necessário dar atenção à linguagem empregada. O que se vê em comum é o uso de registros da visão do autor em relação a certa sociedade, época ou determinado povo, frisando sobre seus costumes e hábitos.
Há ainda a importância do vocabulário para esse tipo de narrativa, pois usa-se um vocabulário mais concreto que auxilia em uma melhor descrição do espaço da narrativa, bem como no próprio ponto de vida do personagem. É normal também que as narrativas de aventura façam uso da adjetivação, isto é, um maior uso de adjetivos na trama.
Com acontecimentos marcantes, as narrativas de aventura podem até possuir resultados fantásticos.
São exemplos de obras de narrativa de aventura os poemas épicos “Odisseia” e Ilíada” de Homero e “As Viagens de Gulliver” de Jonathan Swift.