Oxalá é uma interjeição da língua portuguesa que significa tomara ou queira Deus. É utilizada para dizer o mesmo que “espero que isso logo aconteça”. Etimologicamente, a palavra tem sua origem na língua árabe, onde é utilizada dentro da seguinte expressão “in shaa Allaah” que, traduzida para o português significa “se Deus quiser”.
No idioma espanhol, a palavra recebeu a grafia “ojalá” que é a mais próxima da língua portuguesa. Como uma interjeição, oxalá é hoje empregada em círculos culturais, enquanto no âmbito popular é comum o emprego de expressões semelhantes como “Se Deus quiser”, “Amém” e “Tenho fé em Deus”.
Oxalá na Umbanda
No âmbito religioso, Oxalá é o nome de um dos principais orixás da mitologia africana. Ele pode se apresentar de duas formas: Oxaguiã (como o mais moço) e Oxalufã (como o mais idoso). O primeiro possui uma espada (idá), um escudo e uma mão de pilão e sua cor é o branco com leve mesclado azul-turquesa, enquanto o segundo possui uma espécie de cajado em metal (opaxorô) e sua cor é o branco. Ambos tem como dia de consagração a sexta-feira.
No sincretismo religioso, Oxalá representa Nosso Senhor do Bonfim ou mesmo Jesus Cristo. É o orixá da criação do mundo e dos seres humanos e simboliza a paz. É muito respeitado pelos outros orixás e adeptos da Umbanda e Candomblé.
Os filhos de Oxalá possuem as seguintes características: são altivos, generosos, muito detalhistas, perfeccionistas, defende os injustiçados, brincalhão, alegre, falador, idealista.
Relacionam-se muito bem com os filhos de outros orixás, mas demoram a ter confiança em outras pessoas e quando tem se tornam grandes amigos e companheiros.
É também característica forte dos filhos desse orixá a facilidade de perdoarem os outros, possuem capacidade de liderança e são bastante dóceis e calmos.